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19/03/19 07:00 - Opini�o

Situa��es emocionais

Paulo Eduardo de Barros Fonseca

Estudos estatísticos mostram que 80% (oitenta por cento) das pessoas sofrem, se martirizam, pensando em questões ou fatos passados; 15% (quinze por cento) com eventos futuros e somente 5% (cinco por cento) vivem com vigor o momento presente.

A maioria das pessoas, portanto, fica remoendo o passado ou tentando imaginar o futuro e se esquecem de que somente no hoje é possível operar alguma mudança.

Dessa constatação talvez seja possível afirmar que o homem moderno demonstra que seu ponto fraco é a ansiedade, a inquietude, seu desejo de ter ou ser. Ocorre que essa situação emocional, além de gerar impaciência, insegurança e insatisfação, acaba por desequilibrar os processos internos e externos da natureza que existem em nós.

A persistência desse quadro, num processo lento que vai se alojando, acaba por desarmonizar a pessoa que passa a apresentar um conjunto de sinais e sintomas que a ciência chama de depressão.

A depressão, para alguns estudiosos, é o mal da vida moderna e afeta pessoas de qualquer idade. É preciso notar que seja no aspecto médico, humanístico ou espiritual, a prevenção está no autoconhecimento, no amor a si mesmo e ao próximo. O tratamento desse mal, em sendo aceito pelo indivíduo, deve associar os três aspectos referidos - médico, humanista e espiritual -, pois que juntos trazem um melhor resultado.

Na área da saúde, a terapêutica para suprir a falta de neurotransmissores no cérebro a ser adotada será prescrita pelo profissional médico e, eventualmente, pelo psicoterapeuta. Nas relações humanas, principalmente a família e os amigos terão papel importante prestando apoio, estímulo e incentivo constante na busca dos recursos para a melhora do doente.

No campo espiritual, devem ser investigadas as diversas causas da doença, devendo ser propiciado a pessoa uma recepção fraterna, de modo que a mesma se sinta apoiada e reconfortada, bem como que lhe seja ministrado o passe, descongestionando determinados centros de força do nosso corpo, e a água fluidificada, para ajudá-la na sua recuperação, e o estimulado para o estudo que consola e traz esperança.

Há de se cuidar para que não seja acrescentado ao estado de depressão o fator agravante e mantenedor do processo chamado de obsessão, pelo qual há interferência negativa de um ser desencarnado sobre o encarnado. Lembre-se que a ação dos espíritos é secundária, pois que eles nada mais fazem do que aproveitar uma disposição natural, a abertura dada pela pessoa, para exercer sua influência.

Em qualquer situação do dia-a-dia é preciso cultivar o bom ânimo, os pensamentos saudáveis, as ações produtivas, acreditando naquilo que estamos realizando, colaborando, dessa forma, para o equilíbrio, reequilíbrio e bem estar do corpo e do espírito, pois energias otimistas e de fé estarão sendo geradas, trazendo equilíbrio psicológico e espiritual e, como consequência, sensação de paz.

"Orai e Vigiai" porque o coração alegre é como um bom remédio, mas o espírito abatido seca até os ossos (Provérbios 17-22)!

O autor é vice-presidente do Conselho Curador da Fundação Arnaldo Vieira de Carvalho, mantenedora da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de SP.





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