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17/01/19 07:00 - Opini�o

Equipe econ�mica n�o pode errar a m�o

Reinaldo Cafeo

Este início de ano, já com o governo Bolsonaro, os agentes econômicos convivem com um misto de ansiedade, expectativa e esperança. A ansiedade é porque o tempo passou, as adversidades não foram poucas e quem sobreviveu não vê a hora de a coisa entrar nos eixos. A expectativa vem do novo, de fazer o que tem que ser feito e que seja encontrado o caminho da recuperação econômica. A esperança vem do acreditar que um novo ciclo de prosperidade pode ter início em breve.

O grande desafio deste novo governo e da equipe econômica em particular é não errar a mão. O que isso significa? No popular, não será aceitável "dourar a dose". Depois de quatro anos em que fomos obrigados a conviver com recessão (2015 e 2016) e baixo crescimento (2017 e 2018) não é admissível imaginar que o remédio não seja amargo.

O grande desafio sem dúvida alguma é trabalhar fortemente no que podemos denominar de senso coletivo. Por exemplo: a maioria das pessoas começa a se convencer que a reforma na previdência social é fundamental para auxiliar na redução do déficit público, contudo, todos querem a reformas para os outros. Se alguma mudança proposta atingir a pessoa individualmente, aí a reforma de não serve.

Neste particular não tem meio termo: ou o governo faz o que tem ser feito, na dimensão que todos os agentes econômicos esperam, ou teremos sérios problemas econômicos pela frente.

Isso vale para os demais projetos amplamente discutidos em campanha e sinalizados pelo ministro da Economia em seu discurso de posse: privatizar, simplificar o regime tributário brasileiro, combater o déficit público de maneira exemplar, desburocratizar, perseguir a meta de inflação, manter o câmbio flutuante, investir em infraestrutura, atrair capital estrangeiro, investir em ciência e tecnologia e investir na qualificação profissional da população brasileira.

É evidente que há um jogo politico e ele tem que ser jogado, mas também é evidente que se o presidente Bolsonaro não aproveitar esta verdadeira lua de mel que mantém com parte da população, perderemos mais quatro anos.

Ocorreram erros iniciais, há muita precipitação da equipe de Ministros por ele montada, mas também há um planejamento a ser cumprido.

É preciso fazer o que tem que tem ser feito, enfrentando os contrários, as pressões corporativas e acima de tudo, como colocado, praticar o senso coletivo.

Se efetivamente Bolsonaro entende que o Brasil não precisa manter o instituto da reeleição para cargos executivos, que então trabalhe estes quatro anos como se fossem os únicos de sua vida e ele e sua equipe façam o que tem que ser feito, mexendo na estrutura do Brasil, preparando nosso País para práticas consideradas as mais modernas, que contemplem a sustentação de nosso crescimento e culmine com melhoria na qualidade de vida das pessoas.

Reforço: governo Bolsonaro não pode errar a mão. É nosso futuro em jogo.

O autor é economista, articulista do JC. Está no Youtube, no canal Planeta Economia.





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