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13/07/18 07:00 - Opini�o

Estrat�gias em cen�rio encoberto e nebuloso

Manoel Messias Mello

No Brasil, o futebol é ainda a grande paixão dos brasileiros. Historicamente, quem mais aprecia ano de Copa do Mundo são os políticos, pois o brasileiro se embriaga com os jogos e esquece o cenário encoberto e nebuloso das mazelas políticas em andamento no país. Por certo, agora é alongar mais um pouco a discussão sobre a desclassificação até que, muito proximamente, se fale em eleições. Esse tema secundário na paixão dos brasileiros. Que pena!

Lendo um artigo publicado ontem vejo que esse processo já começou. Diz o artigo: "Neymar é, desde 2010, o jogador mais importante da seleção brasileira. Com o peso de ser o líder técnico de uma das camisas mais pesadas do planeta desde a adolescência, o camisa 10 viu, mais uma vez, sua geração falhar. Eliminações precoces em edições de Copa América, jejuns contra grandes europeus e duas eliminações sofridas em Copas do Mundo. Derrotado pela Bélgica antes de sequer chegar à semifinal, o Brasil completa oito anos como coadjuvante no cenário mundial de seleções. (http://esporte.uol.com.br)".

Em cenário encoberto e nebuloso, o mais correto seria discutir o quanto nesses oito anos em que nos colocamos como coadjuvante no cenário mundial de seleções foi em decorrência dos desmandos e desmontes que os políticos executaram em nosso país, manchando-nos como um povo corrupto e desonesto perante o mundo, os quais possibilitaram a outras seleções a ignorarem nosso passado glorioso no futebol.

Hoje olham para nós como um povo fraco mentalmente diante de pressões mais consistentes e equilibradas.

Essa condição é uma estratégia dos políticos que se aproveitam desses momentos para adotar posturas no mínimo imorais e aéticas em diversas áreas da administração pública, quer no executivo, legislativo e judiciário. Que pena!

O povo nocauteado se põe inerte diante da discussão acerca da desclassificação de nossa seleção. Há uma indução para se escolher o grande culpado pela desclassificação precoce de nossa seleção.

Pronto! A estratégia está em curso, enquanto as mazelas políticas buscam uma forma de ludibriar o povo inerte para garantir e perpetuar o saque nacional de nossas riquezas em prol de velhas práticas de corrupção e de foro privilegiado.

Portanto, recebamos nossos jogadores com alegria e reconhecimento ao esforço de não somente ter que suplantar no jogo, equipes equilibradas e de boa técnica, mas principalmente por ter demonstrado que estamos vencendo aos poucos a interferência direta em nossa imagem da conduta e posturas devastadoras da ética e da moral de nossos dirigentes públicos.

A estratégia desse povo, que pensam estar embriagado, pode e deve dar uma reposta em breve, em apoio as nossas futuras seleções de todos os esportes, estabelecendo como paixão nacional o voto nas eleições que se avizinham. Se quisermos retornar ao topo mundial do futebol devemos mudar todo o time de dirigentes públicos que assaltaram nosso país e nos colocaram de joelhos diante de outros povos. O cenário é nebuloso e encoberto. Não se embriaguem!

O autor é consultor e palestrante, especialista em Planejamento, Estratégia e Liderança. Sócio diretor na MO Consult.





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