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15/12/13 05:00 - Sa�de

C�ncer de pr�stata

F�rum sobre sa�de do homem debate exames para detectar a doen�a

O Minist�rio da Sa�de e a Sociedade Brasileira de Urologia t�m posicionamento diferente quanto ao rastreamento do c�ncer de pr�stata. O assunto foi tema do 6� F�rum de Pol�ticas P�blicas e Sa�de do Homem, na C�mara dos Deputados. Segundo dados divulgados em novembro pelo Instituto Nacional do C�ncer (Inca), excluindo o c�ncer de pele, n�o melanoma, o c�ncer de pr�stata ser� o de mais incid�ncia entre os homens em 2014, devendo atingir 68.800 indiv�duos.

Para Aguinaldo Nardi, presidente da Sociedade Brasileira de Urologia, os exames que podem detectar o c�ncer de pr�stata devem ser feitos por todos os homens com mais de 50 anos. �Todo homem tem o direito e dever de cuidar da sua sa�de, ent�o, ap�s os 50 anos de idade, ele deve consultar o urologista, fazer o exame de toque e o PSA (dosagem do ant�geno prost�tico espec�fico). Aqueles pacientes que t�m pele negra, que s�o obesos ou antecedente familiar (de c�ncer de pr�stata) t�m que fazer rastreamento obrigat�rio�, disse.

O representante da �rea t�cnica do Programa Pol�tica Nacional de Aten��o Integral � Sa�de do Homem, Daniel Costa, disse que o Minist�rio da Sa�de segue o princ�pio de que o rastreamento do c�ncer de pr�stata, exames mais aprofundados, n�o deve ser feito, j� que pode trazer riscos � sa�de do paciente. ��s vezes o exame PSA d� um falso positivo. A pessoa faz o exame, v� o n�vel alterado. E os exames que se seguem podem causar incontin�ncia urin�ria, impot�ncia, afora a situa��o da dor, febre. Fica a quest�o, se voc� prop�e para a popula��o inteira fazer esse exame, voc� pode at� estar colocando as pessoas em uma condi��o de risco�, disse.


Est�gio avan�ado

Nardi ressaltou que 30% dos casos de c�ncer de pr�stata s�o diagnosticados em est�gio avan�ado, quando as chances de cura diminuem. Segundo ele, quando descoberto no come�o, 90% dos casos da doen�a s�o cur�veis. �Se os pacientes t�m a doen�a avan�ada, perdem a oportunidade de ficar curados�, disse.

Segundo o Inca, a decis�o do uso do rastreamento como estrat�gia de sa�de p�blica deve se basear em evid�ncias cient�ficas de qualidade, e, no momento, n�o existem evid�ncias de que o rastreamento para o c�ncer de pr�stata identifique homens que precisem de tratamento ou que essa pr�tica reduza a mortalidade pela doen�a.

�A melhor coisa � voc� fortalecer a rela��o do homem com a sa�de para que ele v� fazer os exames regulares, uma vez ao ano, principalmente depois dos 30 anos, 40 anos. Conversando com o m�dico, o profissional vai querer saber do hist�rico da pessoa. Se ele fica sabendo que essa pessoa tem um pai que morreu de c�ncer de pr�stata, se ele t� com algum inc�modo, se acorda tr�s vezes durante a noite para ir ao banheiro, ele vai ficar alerta para decidir se faz ou n�o os exames�, disse Costa.

Na avalia��o de Nardi, no entanto, o Brasil deveria adotar o rastreamento de oportunidade, ou seja, �todo homem deve ser avisado que existe o problema, e, quando for ao m�dico, deve ter a pr�stata examinada�, defendeu. Ele explicou ainda que n�o h� uma periodicidade ideal indicada para todos os homens. �O homem fez 50 anos, vai l�, no urologista, e, dependendo do resultado dos exames, ele volta em dois, tr�s anos�, declarou.




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