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26/11/13 05:00 - Opini�o

Sistema vi�rio problem�tico

Alfredo En�ias Gon�alves d�Abril
Juntando alguns problemas cr�nicos impedientes da razo�vel presta��o do servi�o p�blico municipal, separa-se o tr�nsito de ve�culos como exemplo da indiferen�a dos dirigentes das cidades na visualiza��o do futuro, colhendo do descaso, os transtornos no presente causados � coletividade. O enfrentamento da quest�o que amea�a tornar-se insol�vel vem sendo tratada com doses paliativas para dotar �s ruas e avenidas, outrora planejadas com largura insuficiente, adequadas para melhor acomodar a mobilidade veicular.

A incessante movimenta��o de ve�culos a cada dia mais lento e irritante quase n�o encontra espa�o nas vias p�blicas a ensejar sua fluidez com normalidade. Sob a luz do dia, as vias de circula��o imploram por maior espa�o f�sico a fim de dar folga aos ve�culos espremidos entre eles, formando um cortejo vagaroso com motoristas agastados. O desconforto termina com a chegada da noite, ainda assim, ap�s o encerramento das aulas das diversas escolas superiores. Se provid�ncia de f�lego deixar de ser implantada a curto prazo, n�o constituir� surpresa a satura��o total do sistema vi�rio obstaculizar o crescente n�mero da frota de ve�culos lan�ado diariamente com a produ��o deixando as f�bricas para a comercializa��o nas ag�ncias, e dali ganhando as ruas e avenidas, tudo com muita rapidez.

O problema com o enfastiado tr�nsito de ve�culos em quase todas as cidades teria solu��o se os munic�pios vivessem na abastan�a financeira para arcar com a incorpora��o de �reas particulares vizinhas das vias p�blicas mais congestionadas, propiciando o alargamento do leito de rolagem. No entanto, essa medida n�o pode ser utilizada em larga escala por falta de caixa, restando desapropriar �reas para resolver situa��es mais prementes. Enquanto uma ou outra via, isoladamente, recebe o benef�cio do alargamento, o setor municipal que responde pelo tr�nsito planeja como pode a��es operacionais a racionalizar o fluxo de ve�culos, empenhando-se a deixa-lo menos dificultoso aos usu�rios. Se a experi�ncia n�o responde ao esperado, pelo menos a esperan�a � para que n�o fique pior do que estava.

Informa��es transmitidas na semana passada na imprensa dizem sobre estudo da Emdurb na Av. Na��es Unidas, voltado a desembara�ar a circula��o de ve�culos em intervalo considerado cr�tico, com implanta��o prevista neste final de ano. O esbo�o gr�fico mostrado no Jornal da Cidade, edi��o de 18 �ltimo, p. 05, causa espanto ao indicar que o motorista dirigindo por aquela avenida, entre a Av. Duque de Caxias e a Av. Rodrigues Alves, pretendendo retornar, fique obrigado a sair pela R. Borga Gato, convergir � esquerda na R. Conselheiro Antonio Prado, atravessar a Av. Na��es Unidas (onde haver� um sem�foro), dobrar � esquerda na R. Jos� Ranieri, virar novamente a esquerda na R. Benjamim Constant, rodar 100 metros para finalmente ingressar na pista de retorno. Se a leitura desse percurso mostrando o comprimento da extens�o do retorno planejada numa alternativa complicada enfastia o leitor, imagine-se o grau de insatisfa��o do motorista ao motorista a percorr�-lo.

Esse plano vi�rio for�ar� o motorista a dirigir por um roteiro superior ao dobro. Se retornasse no sem�foro, caminho mais curto, desimpedido e natural, economizaria um percurso de aproximadamente 250 metros dos 450 metros do esdr�xulo tra�ado. Com o sinal fechado para a Av. Na��es Unidas e aberto para a Rua Constitui��o, n�o se explica um desvio escusado quando o atalho aberto com o sem�foro faria o trajeto um meio mais racional e compat�vel com a ideia de desemperrar a circula��o dos ve�culos.

A manobra demasiada contr�ria � racionalidade engrossar� a circula��o de ve�culos da R. Jos� Ranieri, que � uma alternativa para escapar da Av. Na��es Unidas, sem ficar longe dela.

O autor, Alfredo En�ias Gon�alves d�Abril, � professor universit�rio, aposentado




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