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15/09/13 05:00 - Tribuna do Leitor

Receita de calamidade

O gestor p�blico n�o deve empenhar-se em oferecer banheiro p�blico para a popula��o, mesmo porque o ser humano quase n�o usa banheiro. Principalmente as mulheres, quando das necessidades fisiol�gicas, que se lasquem.

O gestor deve persistir na brilhante conduta de oferecer cada vez menos conforto a todos, ignorando as demandas mais f�ceis de serem resolvidas, como, por exemplo, n�o disponibilizar nem carrinhos para transporte de bagagem nem sala de espera na rodovi�ria, pois trata-se de coisas que cada qual se vira como pode, uma vez que carregar peso, passar frio e continuar num desconforto permanente � de somenos import�ncia.

Seu dever � continuar tendo ideias brilhantes no intuito de oferecer cada vez mais comodidade aos mun�cipes. Um exemplo de ideia brilhante s�o esses pontos de �nibus que j� v�m com duas placas de publicidade acopladas nas laterais, justamente para interromper o fluxo de pedestres pelo espa�o mais sagrado que temos, que s�o as cal�adas. Tais placas, ocupando mais da metade da cal�ada, que o pedestre ocupe as ruas para caminhar, e dispute as ruas com os carros. Diga-se que nossos desgovernantes ignoram que a popula��o cresce e as cal�adas continuam do mesmo tamanho.

Tais eleitos, visando o bem-estar do povo, deve priorizar o asfalto e deixar para outro dia, outro ano, outra d�cada, outro s�culo, a preocupa��o com a constru��o de postos de sa�de, prontos-socorros, hospitais e escolas. Que os contatos pol�ticos e reuni�es nunca tenham como pauta o tema sa�de. Que se gaste muito tempo em tais reuni�es para tratar apenas de novos voos pol�ticos, em detrimento das demandas sociais.

Contrariar sempre os s�bios, ignorando os segundos e minutos e s� atentar para as horas. Realmente, coisas pequenas, mi�das, n�o merecem mesmo aten��o, como se n�o fizessem parte de algo maior, positivo ou negativo. E eis que um dia, de repente, se nos apresenta algo acabado, pronto e a que chamaremos �calamidade�. O espantoso � que agem como se n�o soubessem de onde vem. A mir�ade de pequenos erros, erros que foram se juntando com o passar do tempo, e para os quais, faltando sensibilidade, experi�ncia, responsabilidade, honestidade, n�o se deu aten��o, transformou-se.

Julio Diogo




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