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08/08/13 05:00 - Tribuna do Leitor

Da Havan para La Havana

H� um ditado que diz: a mente vazia � a oficina do diabo. Ao ver o movimento de meia d�zia de pessoas que se revoltou contra a r�plica da est�tua da liberdade instalada num complexo comercial na entrada de Bauru, concluo que o capeta est� trabalhando bastante. Chegou-se a passar um pat�tico abaixo-assinado pela retirada da est�tua, mas o argumento n�o poderia ser mais despropositado: aquilo � um s�mbolo do imperialismo americano.

Hodiernamente, s� o modorrento Fidel Castro e seus simpatizantes, partindo de La Havana, capital embolorada de Cuba e do comunismo, poderiam proferir tamanha estultice. A come�ar porque a est�tua da liberdade n�o representa o imperialismo; muito pelo contr�rio, representa a liberta��o do jugo colonialista do imp�rio brit�nico. Para quem nunca estudou hist�ria e fica repetindo asneiras, o monumento foi um presente dos franceses na celebra��o dos 100 anos de independ�ncia americana, cuja luta pela liberdade ceifou a vida de 600.000 homens, mulheres e crian�as numa luta desigual entre um povo obstinado e a poderosa armada inglesa.

Segundo, porque cada rede comercial tem sua logomarca. Aquela, em raz�o da sua origem, faz uso da Est�tua da Liberdade. E da�? E se fosse uma sequoia? Iriam reclamar porque essa �rvore n�o � nativa de nosso pa�s e exigir a substitui��o por uma muda de Pau Brasil? Se fosse uma r�plica da �gua americana ou condor andino exigiriam a troca por um tucano ou tatu-bola?

Recordo-me que ainda em tenra idade, quando �amos visitar meus parentes em Lins, a imagem que eu guardava em mente da chegada da cidade era de chamin�s feias de algumas f�bricas. Para os viajantes que chegam � Bauru, seja o �M� do MacDonald�s, o gorduchinho do Habib�s ou a Est�tua da Liberdade, n�o ser� o s�mbolo da empresa que mudar� o portal da cidade ou o vi�s ideol�gico de origem da marca comercial. Aos nefelibatas da louca intifada, fica a dica: tratem da neurastenia com algo �til para preencher o tempo livre, um trabalho comunit�rio ou leiam um livro. A mente vazia � a oficina do diabo.

Ivan Goffi




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