Diabetes: tratamento de doen�as vasculares da retina evita perda da vis�o

O diabetes � uma doen�a cr�nica que atinge 2% da popula��o mundial, ou seja, 140 milh�es de pessoas - sendo que a maioria sofre, em menor ou maior grau, de problemas de vis�o. Desde um �simples� emba�amento da vis�o ou aumento de grau, at� a perda da vis�o central.

Al�m de manter a taxa de glicemia em n�veis aceit�veis, consultar um oftalmologista ao menor desconforto visual � importante para controlar esses desdobramentos que no in�cio podem ser assintom�ticos.

�queles que j� est�o sentindo altera��es na retina causadas pela doen�a, uma boa not�cia: j� est�o dispon�veis as �inje��es intrav�treas de antiangiog�nicos� (Lucentis e Eylia), devidamente liberadas pela Anvisa e pelo FDA.

�O principal papel dos antiangiog�nicos � a interrup��o da perda de vis�o causada por edema macular e neovasculariza��o. Com anestesia local e pupilas dilatadas, a inje��o � aplicada diretamente no v�treo, camada gelatinosa localizada entre a retina e o cristalino. O procedimento precisa ser repetido em intervalos regulares para se obter resultados duradouros e o paciente deve usar col�rios antibi�ticos por cerca de 30 dias�, diz o m�dico Renato Neves, diretor-presidente do Eye Care Hospital de Olhos, em S�o Paulo.�

De acordo com o oftalmologista, ensaios cl�nicos demonstraram que a aplica��o de antiangiog�nicos melhora em at� 34% a vis�o central e estabiliza a vis�o em 90% dos casos - considerado um m�todo altamente eficaz. At� recentemente, os pacientes diab�ticos contavam somente com a fotocoagula��o a laser para �secar� os vasinhos (microaneurismas ou rompimento de capilares) que podem comprometer a vis�o.

Esse tratamento apresenta mais de 50% de sucesso, desacelerando o agravamento do quadro. Mas as inje��es de antiangiog�nicos elevaram muito as chances de controlar a perda de vis�o do diab�tico.



Retinopatia

Junto com as altera��es neurol�gicas, renais e vasculares, a retinopatia diab�tica � que � o termo usado para designar altera��es na retina � faz parte das complica��es mais frequentes do paciente diab�tico. Inclusive, � uma das principais causas de cegueira. Essas altera��es da retina se comportam de maneiras diferentes nos pacientes com diabetes tipo I e nos que t�m tipo II. Entretanto, se houver controle adequado da glicemia, nos dois casos � poss�vel retardar o aparecimento ou diminuir a gravidade.

�No in�cio, as altera��es no fundo do olho n�o d�o sintomas evidentes e o paciente pode ter boa vis�o. Com o passar do tempo, dependendo do controle e progress�o da doen�a, pode haver altera��es nas paredes dos vasos retinianos, levando � forma��o de microaneurismas e hemorragias, dep�sitos lip�dicos (gordura) na retina, edema retiniano e altera��es causadas pela dificuldade de irriga��o. Isso muitas vezes resulta na perda da vis�o central. O tratamento com inje��es de antiangiog�nicos tem resultado em mais qualidade de vida para esses pacientes�, destaca Renato Neves.