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09/07/13 05:00 - Tribuna do Leitor

M�dicos

Marcia Folkis, a senhora est� sendo incoerente em suas cr�ticas, principalmente em rela��o a minha conduta em atendimento ambulatorial no meu consult�rio. Embora n�o tenha declarado meu nome, n�o tenho receio algum em informar a todos que o pneumologista citado era eu. Vamos aos fatos: quando a senhora procurou marcar consulta comigo foi lhe informado que n�o havia hor�rios dispon�veis naquele dia, pois eu sempre procuro respeitar meus limites f�sicos e mentais, que se situam em dez horas de atendimentos ininterruptos. Esse limite independe se o paciente possui Unimed (�nico plano de sa�de que atendo) ou se � particular...

Isso � um princ�pio �tico que preservo desde o dia que recebi o diploma de m�dico. Infelizmente, a senhora procurou seu irm�o, que faz trabalho de assessoria de inform�tica para a minha cl�nica, Unidade Cardio-Respirat�ria, instalada nessa cidade h� 35 anos, procurando usar um �jeitinho� brasileiro, n�o contumaz nos Estados Unidos, onde informa que residiu por muitos anos, visando garantir um atendimento extra, que foi atendido em considera��o ao seu irm�o. A senhora foi atendida no hor�rio porque uma paciente agendada faltou e n�o porque existia hor�rio marcado, visto que seria atendida no fim dos demais atendimentos. Ali�s, nesse atendimento, a senhora consumiu mais de uma hora, pois havia uma complexidade de dados que precisaram ser detalhados, al�m de coment�rios sobre seus atendimentos nos Estados Unidos. N�o houve atraso nos demais atendimentos posteriores, pois a senhora era a �ltima paciente do dia.

Poucos dias ap�s, recebi a informa��o que a senhora tinha sido atendida �en passant� por um outro m�dico, quando acompanhava seu pai numa consulta com o mesmo, que lhe havia prescrito medica��o espec�fica para v�rus, especialmente diante de suspeita de gripe �A�, e, nessa ocasi�o, foi lhe respondido que ent�o prosseguisse o tratamento com aquele m�dico, pois seria imposs�vel um paciente ter dois pneumologistas conduzindo seu caso cl�nico.

N�o houve resposta e como havia retorno programado para que eu avaliasse os exames por mim solicitados, informei � minha secret�ria que mantivesse seu agendamento de retorno, pois n�o havia confirma��o de seu comparecimento, o que mais tarde aconteceu. Nesse dia, por motivos alheios � minha vontade m�dica, alguns casos mais complexos apareceram e consumiram mais tempo que habitualmente levo no atendimento de rotina, em geral 30 minutos, tal qual acontecera no seu pr�prio atendimento �extra� e anteriormente.

Realmente, houve um atraso de cerca de uma hora e todos os pacientes que ali se encontravam aguardando entenderam e esperaram, exceto a senhora, que deixou os exames com a secret�ria dizendo que voltaria mais tarde. A minha secret�ria informou-lhe que poderia entrar em contato com a senhora para um atendimento mais tarde ou remarca��o, por�m a senhora voltou algum tempo depois e retirou os exames sem que eles fossem analisados por mim.

Gostaria que a senhora entendesse que n�o � a �nica que conhece o sistema assistencial norte-americano, o qual est� muito longe daquilo que a senhora falou, como se estivesse demonstrando vantagens e superioridade por ter residido naquele pa�s, que conhe�o muito bem. N�o venha querer denegrir o tipo de atendimento da recep��o da Unidade Cardio-Respirat�ria por, supostamente, n�o ter lhe informado sobre o atraso e oferecido outras op��es, pois eu posso desafi�-la a provar isso e confrontar com a opini�o da grande maioria dos pacientes ali atendidos. Veja bem que a senhora s� foi atendida como �extra� em considera��o ao seu irm�o, teve atendimento antecipado por falta de paciente previamente agendado e confirmado. N�o foi o m�dico que atrasou e simplesmente o paciente que n�o compareceu. E, nesse caso, tamb�m era particular. A senhora consumiu mais que o dobro do tempo habitualmente utilizado num atendimento por necessidade do m�dico em obter informa��es que garantiriam um atendimento eficiente, e, agora, vem, pelo jornal, fazer cr�ticas ao que lhe foi oferecido de melhor. Por favor, senhora Marcia, retorne aos Estados Unidos. Ali�s, at� informou que s� voltara para assistir seus pais que tinham idade avan�ada. Continue seu tratamento l�, pois, pelo que pude avaliar, a senhora tem d�vidas sobre o diagn�stico e a perspectiva de tratamento.

Embora, esteja no Brasil, senhora Marcia, posso interpel�-la judicialmente sobre o assunto, ainda que n�o tenha citado nome de m�dicos, mas citou especialidade e posso provar tudo pois seu prontu�rio na Unidade Cardio-Respirat�ria possui todos registros de seu atendimento. As indeniza��es aqui n�o s�o t�o grandes como l�, mas podem ter repercuss�es s�rias a v.s�. Quanto ao dermatologista, n�o fa�o coment�rios, mas, por favor, respeite a classe m�dica, a senhora e sua irm�...

Lindolfo Cruz Pinheiro, CRM 21.691 - TE/SBPT




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