Um homem acolhedor

Solidariedade, substantivo, mas n�o abstrato quando trata-se de uma personalidade do formato do menino, do jovem, do homem, do idoso e do centen�rio Sebasti�o Paiva, que semeou suas escolhas e investiu suas a��es no submundo, na solid�o, abandono e na mis�ria extrema que tanto a presidente Dilma clama que est� erradicando. Sim, est�, pois com pessoas como Paiva, que acolheu uma cidade do porte de Bauru e regi�o, dando moradia, dignidade, alimento e ternura para aqueles que n�o tinham para onde ir e n�o sabiam de onde vinham, tal a exclus�o que os atingiam no nada. Senhora Dilma Rousseff, tardiamente iniciou v�rios projetos que foram in�ditos na nossa cidade e que nem teve a curiosidade de saber como a mis�ria extrema sobrevivia antes dela assumir o Pal�cio do Planalto, na regi�o centro-oeste do estado de S�o Paulo.

Com o poder, tudo fica f�cil e colorido nos �rg�os midi�ticos. Mundo m�gico, mesmo. Mas os caros missivistas desse nomeado JC sabem que tudo na vida real � do�do e sem lume. Breu, mesmo! Um s�culo n�o � pouco tempo... Um s�culo acolhendo vidas e criando sonhos � tempo demais ... Mas nosso Chico Xavier, como sabiamente registrou nosso brilhante deputado estadual Pedro Tobias, sa�a pedindo, quando a idade ainda permitia, pelos hipossuficientes. T�o forte no fazer que agregou v�rias pessoas para ajud�-lo nessa miss�o honrosa, mas �rdua. Viveu e sobreviveu heroicamente! Bauru jamais o esquecer� e sua hist�ria ser� contada em livros, em versos e por v�rias gera��es de criaturas gratas que n�o o apagar�o de suas retinas, mesmo que cansadas.

Paiva enfrentou sem barulho, a mis�ria extrema, resgatou deficientes mentais, crian�as e idosos, apenas com o cond�o da humildade e do cora��o. Dif�cil, quase imposs�vel, a continuidade perfeita de seu universo de trabalho (ali�s, s� aprendeu a trabalhar durante sua vida), mesmo porque no nosso pa�s de m�ltiplos decretos e burocracias, se algu�m n�o enfrentar celeremente, a mis�ria acaba sendo erradicada simplesmente pela morte. Descanse, pois voc� mais que ningu�m, tem esse direito.

Professora Catarina Carvalho e centenas de pessoas que queriam prestar uma singela homenagem a um grandioso g�nio da solidariedade