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21/05/13 00:00 - Tribuna do Leitor

A doutrina sobre o amor do padre Beto

N�o nos cabe julgar a pessoa de padre Beto, condenando ou absolvendo, s� nos cabe perdo�-lo se algum dano nos causou. Deus o julgar�, como a n�s todos. M�s devemos refletir, julgar e tomar posi��o, diante de Deus e do pr�ximo, sobre a doutrina que ele prega, at� para n�o sermos acusados, julgados e condenados, quer por cumplicidade quer por omiss�o, quando Deus o julgar (Rm.1:32 e Ap.18:2-5). Eu a desaprovo! E fundamento racionalmente minha posi��o, mas sem fugir da B�blia! Por isso falo com aqueles que, se dizendo crist�os, aprovam ou est�o duvidosos acerca da doutrina sobre o amor pregada por padre Beto. Tamb�m eu venho em nome do Amor, de Deus. E falo a pessoas que t�m crit�rio, que s�o capazes de raciocinar, deliberar e fazer escolhas com um m�nimo de discernimento espiritual. Sei, a B�blia revela, que todo homem tem, desde a cria��o, uma consci�ncia moral, e tem conhecimento sobre a exist�ncia de um Ser Moral Superior e de suas exig�ncias morais b�sicas, e por isso tem capacidade de discernir o b�sico sobre o bem e o mal. Ou n�o fomos criados � sua imagem e semelhan�a? Por isso sabemos, mesmo que o neguemos, que o car�ter moral Dele, Deus, n�o se apoia s� na virtude do Amor, mas tamb�m, e na mesma medida, e principalmente, na Santidade e na Justi�a. Pori sso � um grave engano a si mesmo esperar que Deus aprove, em nome do seu Amor, manifesta��es do nosso amor humano que profanem e corrompam seu car�ter Santo e Justo.

N�o, Deus n�o as aprova! Sua �ndole, natureza e temperamento o impedem de aprov�-las, porque elas violam sua honra e imagem. E qual o espanto? Se um filho se desonra n�o desonra tamb�m a imagem de seu pai? E se o faz n�o tem o pai direito de castig�-lo? N�o tem o pai direito de deserd�-lo? Ou n�o trazemos em n�s a imagem e semelhan�a de Deus Pai, ainda que manchada? E se a igreja do padre Beto, seus superiores, ele pr�prio, e n�s todos, a exemplo de Cristo, reprovamos ao ver nossa honra e imagem violadas e deturpadas, por que supor que o Pai aprovaria que seus filhos violem e deturpem sua honra e imagem? Sim, pois se em nome do nosso amor profanamos e corrompemos o car�ter Amoroso, Santo e Justo de Deus, que h� em n�s, n�o violamos tamb�m sua honra e imagem? E se o fazemos e lhe causamos dano n�o tem Ele direito de exigir indeniza��o moral, castigar e at� deserdar? Tem! E s� n�o as exige, agora, exatamente porque seu Amor suplanta seu ju�zo. Ele aguarda, como Pai paciente, que o procuremos arrependidos para nos perdoar.

S� assim nos livraremos do seu tribunal futuro. afinal, a mesma B�blia que diz que Deus � Amor, e diz que Ele Ama o pecador, tamb�m diz que Deus odeia o pecado, e diz ainda, bem claro, em quais situa��es o amor humano � pecado aos olhos Dele. Ou minha B�blia ser� diferente? Ent�o, n�o odeia Deus certas manifesta��es do amor humano? E dir�amos: � por isso que Deus � �dio? Ou dir�amos: antes que o �dio de Deus pelo amor pecaminoso � exatamente porque Ele Ama at� mesmo estes que assim pecam e os quer livrar do ju�zo futuro? Ent�o, neste caso o �dio de Deus pelo amor pecaminoso n�o � confirma��o do seu Amor?

Mas dir�o alguns: Jesus aboliu a lei. N�o, n�o aboliu! A cumpriu inteiramente, mas n�o por obedi�ncia hip�crita � lei e sim por obedi�ncia servil � sua consci�ncia moral, por Amor ao Pai, e estabeleceu este mesmo Caminho para n�s tamb�m irmos ao Pai (Mt.5:17-20). E por acaso nossa consci�ncia n�o nos acusa sempre que pensamos em fazer algo imoral para que n�o o fa�amos? Precisamos de leis para saber o que � ou n�o imoral? Assim, ainda que o amor pecaminoso seja culturalmente aceito como normal, por pratica repetitiva ou por ensinos que distorcem sua compreens�o moral, numa certa sociedade, n�o quer dizer que Deus o aprove, o aceite conformadamente, ou o risque de seu c�digo moral de justi�a, apenas para aquela sociedade. Ou ser� que Deus � mut�vel? N�o, Deus n�o muda! Deus n�o se adequa a n�s! E sua doutrina n�o muda, n�o evolui, n�o se adapta �s sociedades e culturas, n�o se conforma a nossa vontade! Passam os c�us e a terra, mas sua Palavra n�o muda! Ou somos n�s que criamos Deus � nossa imagem e semelhan�a? Ou somos n�s que dizemos a Deus como vamos nos unir, nos relacionar sexualmente e nos multiplicar?

Ou vamos rezar assim a Deus: v� a V�s nossa cultura, e fa�a V�s nossa vontade? O padre Beto � livre para manifestar seu conhecimento filos�fico especulativo, racional, mundano e humanista, e pode por isso disseminar sua ideia de que onde h� amor n�o h� pecado, e propor aos que o ouvem reflex�es sobre isto; Deus n�o vai fulmin�-lo por isto. Mas n�o podemos crer que todas as suas ideias v�m de Deus! N�o, a doutrina de padre Beto n�o � segundo a doutrina de Deus! Desde o �den o �ser superior da imoralidade� prop�e reflex�es desde tipo acerca das palavras da Palavra de Deus, prop�e outras doutrinas. Vamos permitir que ele viole nossa liberdade de consci�ncia e de cren�a e nos diga o que Deus disse ou n�o disse sobre o bem e o mal, abrindo nossa consci�ncia �s suas reflex�es?

Silvio Gomes




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