Ao investigador de pol�cia Marco Augusto Garzin

O que fazer, e como fazer? S�o poucos segundos para decidir, dentro de um quadro ca�tico e de pavor, imposto contra toda uma comunidade de bem, por criminosos impiedosos, inescrupulosos e sem qualquer senso de humanidade...

Voc� estava praticamente sozinho, tendo ao seu lado os seus anjos da guarda, seus instintos, sua forma��o moral, seus ensinamentos t�cnicos e t�ticos, seus temores indeclin�veis de todo homem de bem, e par-e-passo, n�o havia o m�nimo espa�o para hesita��es...

Essa decis�o, meu amigo, vale dizer, poderia ser irremedi�vel, pois gravitava sobre a mais fina linha t�nue entre a consagra��o e �xito profissional de uma a��o policial, e o abismo da trag�dia da ilegalidade, uma vez que inocentes passavam em desespero sobre sua mira...

Sua preocupa��o com a integridade f�sica e vida desses inocentes; sua impressionante percep��o do cumprimento do dever legal; e sua ineg�vel piedade em rela��o �quele criminoso que teimava em atirar contra voc�, imp�s-lhe naquele segundo, a insofism�vel e tem�tica obriga��o de colocar sua pr�pria vida em risco, em detrimento principalmente de sua fam�lia e dos grandes amigos que o admiram...

O fato � que tudo se cumpriu... Como num filme de pol�cia e bandido, houve o esperado final feliz. Os cr�pulas foram presos, nada foi subtra�do, ningu�m de bem se feriu, e a vida segue. Que bom que pudemos, mesmo j� no final da ocorr�ncia, estarmos ali, a seu lado para cumpriment�-lo pelo ato de excel�ncia policial e porque n�o dizer, de hero�smo puro. Estamos todos muito orgulhosos de voc�, principalmente pela sua humildade e profissionalismo.

De todos os Policiais Civis da Delegacia de Investiga��es Gerais de Bauru