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28/03/13 01:30 - Opini�o

D�vida da Cohab: an�lise tem que ser cartesiana

Reinaldo Cafeo
A d�vida milion�ria da Cohab Bauru come�a a ser entendida pelos vereadores da cidade. Evidentemente que a recente reuni�o da comitiva de vereadores, em Bras�lia, com os representantes da Caixa Federal, n�o foi suficiente para entender totalmente a causa e a evolu��o do valor devido, mas foi um primeiro passo. Estimativas apontam para um rombo pr�ximo a R$ 800 milh�es. Valor exorbitante.

Os dirigentes da Cohab trabalharam nestes anos todos no alerta do peso da d�vida. A C�mara de Vereadores da gest�o passada n�o quis enfrentar o problema. Uns entendiam que era melhor simplesmente n�o pagar, outros entendiam que deveria haver um acerto de contas posto que h� outras cidades envolvidas e cr�ditos a serem utilizados e outros simplesmente lavaram as m�os. O problema � real e o n�o enfretamento do mesmo pode trazer preju�zos ao munic�pio, inclusive no que tange � regulariza��o fiscal. Partindo do princ�pio de que o pior � fugir do problema, penso que � o momento de analisar de maneira bem cartesiana, ou seja, racionalmente.

O que � ser cartesiano, em meu entendimento? Primeiramente depurar as causas da d�vida. Item a item cobrado. Em seguida, nomear um perito calculista que possa atualizar os valores � luz do contrato, de maneira a obter o valor correto para confrontar com os c�lculos da Caixa Federal. Levantar um a um os devedores solid�rios, se � que existem, ou seja, aqueles que foram mencionados, tais como outras prefeituras e outros agentes que responderiam solidariamente ao montante da d�vida. Depois de tudo isso apurado, analisar as propostas de parcelamento, verificando prazos, taxa de juros, garantias, entre outras.

Na outra ponta, � preciso analisar a viabilidade econ�mica e financeira da pr�pria Cohab. Quais s�o seus cr�ditos e seus compromissos operacionais, sua estrutura administrativa, enfim, quanto efetivamente a empresa poder� arcar do eventual parcelamento a ser assumido para minimizar o impacto da d�vida nos cofres da Prefeitura de Bauru e reinventar a companhia habitacional. O prazo � curto, a d�vida, se verdadeira, aumenta em mais de R$ 3 milh�es por m�s, por isso � preciso agir r�pido. O primeiro passo foi dado na abertura da negocia��o e no entendimento inicial dos valores em jogo, agora � estruturar a an�lise a luz do que � melhor para o munic�pio. Com vis�o cartesiana do problema, a quest�o pol�tica fica em plano secund�rio e as solu��es ser�o mais facilmente alcan�adas.

O autor, Reinaldo Cafeo, � economista, diretor regional do Corecon e articulista do JC




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