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15/02/13 01:30 - Opini�o

Suspeitas ou persegui��o?

Gilson Souto Maior Junior
Com espanto, vi no Jornal da Cidade que um vereador da cidade est� com suspeita de uma das mais importantes institui��es da cidade de Bauru. A suspeita de �cura gay� por parte do Esquadr�o da Vida. Ser� que o distinto vereador agora � investigador? Qual a fun��o do vereador de fato? Respeito n�o implica em calar-se diante da opini�o dos outros. Nunca ouvi que o Esquadr�o da Vida fizesse �tratamento gay�. Essa casa que h� anos se levanta contra um c�ncer que toma a sociedade - que � o problema das drogas - e que j� tratou de in�meras pessoas vai ser investigada por causa de �suspeitas�? Sinceramente, vejo nisso uma persegui��o, principalmente contra aqueles que pregam a Palavra de Deus, que visam ajudar as pessoas a caminharem segundo os prop�sitos do Criador e n�o da cultura que nos cerca. Sim, de fato, n�o aceitamos a homossexualidade, pois cremos que Deus fez dois g�neros: masculino e feminino. Quando defendemos os princ�pios b�blicos, declarando que n�o aceitamos o homossexualismo, logo somos acusados de �homofobia�, religiosos que condenam pessoas ao inferno por causa de sua �suposta� op��o sexual. N�o faltam �doutores� para dizer que a B�blia n�o fala contra, que Jesus pregava o amor, e coisas assim. Mas, diferente do que muitos pensam, o homossexualismo � pecado sim e desagrada a Deus. A Igreja � contra o homossexualismo, n�o contra o homossexual. Ningu�m em s� consci�ncia deve tratar mal um homossexual, mas deve ajud�-lo segundo as Escrituras, pois Deus fez homem e mulher, estabelecendo um par�metro familiar entre macho e f�mea, n�o entre pessoas do mesmo sexo (G�nesis 2:24).

Ser� que agora seremos condenados por pregar a plena restaura��o das pessoas? Cremos que Cristo transforma vidas e que as tira da cegueira e do pecado, transformando suas vidas, pensamentos e atitudes. Cremos firmemente que a B�blia � clara em todos os aspectos sobre essa tem�tica. N�o apenas contra isso, mas contra toda e qualquer pervers�o sexual ou atitude que denigra o ser humano. � contra o adult�rio, a pedofilia, a prostitui��o, a libertinagem, enfim, contra toda e qualquer atitude sexual il�cita, e neste aspecto a B�blia enquadra a homossexualidade. A B�blia declara: �N�o se deite com um homem como quem deita com uma mulher; � repugnante� (Lev�tico 18:22; cf. 20:13). Deitar aqui no hebraico (mishkav) significa �copular, um lugar onde se dorme e geralmente de conota��o sexual entre homem e mulher�.

Al�m disso, o Novo Testamento reafirma a posi��o do Antigo Testamento: �Voc�s n�o sabem que os perversos n�o herdar�o o Reino de Deus? N�o se deixem enganar: nem imorais, nem id�latras, nem ad�lteros, nem efeminados nem sodomitas... herdar�o o Reino de Deus� (1Cor�ntios 6:9,10). O ap�stolo usa dois termos, malakoi que significa �lux�ria ou pervers�o homossexual� e arsenokoitai que significa �pervers�o sexual masculina�. Paulo n�o usaria estes termos sem prop�sito. E escrevendo aos Romanos declarou: �Por causa disso Deus os entregou a paix�es vergonhosas. At� suas mulheres trocaram as rela��es sexuais naturais por outras, contr�rias � natureza. Da mesma forma, os homens tamb�m abandonaram as rela��es naturais com as mulheres e se inflamaram de paix�o uns pelos outros. Come�aram a cometer atos indecentes, homens com homens, e receberam em si mesmos o castigo merecido pela sua pervers�o� (Romanos 1:26,27).

No grego fica claro que, tanto homens como mulheres trocaram a verdade de Deus pela �verdade� humana, e por isso, tanto homens como mulheres, deixaram as pr�ticas naturais (no grego, physik�s, ou seja, de acordo com a natureza) e se inflamaram em paix�es vergonhosas, ou como est� no original grego, eksekauth�san en t� oreksei aut�n, isto �, �inflamaram-se a si mesmo na paix�o sensual�.

Conclu�mos que a posi��o crist� e da Igreja n�o tem nada a ver com tradu��o b�blica, ou como muitos afirmam, desinforma��o ou intoler�ncia. Se algu�m quiser o caminho da homossexualidade ter� que ter consci�ncia que a B�blia jamais o apoiar�. Que a f� crist� edificada na Sagrada Escritura, � a nossa �nica regra de f� e pr�tica, jamais aceitar� esta posi��o. Se os outros querem respeito, n�s tamb�m queremos, at� porque, para convivermos numa sociedade democraticamente estabelecida, n�o precisamos ser un�nimes. Porque, ser contra ideias � diferente de ser contra pessoas.

O autor, Gilson Souto Maior Junior, � pastor s�nior da Igreja Batista do Estoril, Graduado em Teologia, Professor de Antigo Testamento e Teologia, cursando pedagogia na Unesp




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