Bauru e grande região - Sexta-feira, 18 de outubro de 2024
máx. 31° / min. 12°
07/02/13 02:00 - Opini�o

Equipe econ�mica: agora � o momento de dizer a que veio

Reinaldo Cafeo
Controlar a economia brasileira n�o � tarefa f�cil. A estrutura dos mercados � de concentra��o. As empresas operam em denominados mercados imperfeitos em que prevalecem os monop�lios e oligop�lios. Quando isso ocorre a chamada lei de oferta e procura � deixada de lado e a imposi��o das condi��es da ind�stria passa a prevalecer.

Optamos, acertadamente, em n�o mais tabelar pre�os e servi�os. A ideia b�sica � manter os mercados abertos, permitindo que o vendedor e o comprador se ajustem. Mas como colocado em mercados imperfeitos � preciso ter a m�o firme do governo.

Esta m�o firme n�o deve ser sin�nima de interven��o � na verdade coibir abusos do poder econ�mico. Coloco isso por que a atual equipe econ�mica tra�ou uma estrat�gia, mas ainda n�o disse a que veio. As contradi��es s�o grandes e o mercado j� percebeu isso. Se analisarmos as vari�veis macroecon�micas que influenciam na produ��o ou renda agregada � f�cil perceber esta indefini��o.

A equipe econ�mica optou por afrouxar a taxa de juros. Reduziu a taxa b�sica, exigiu dos bancos oficiais queda nos juros, enfim, estimulou o consumo. O aumento nesta vari�vel moveu a economia no primeiro momento da economia nacional. Se de um lado cresceu o consumo, n�o souberam operar bem a inadimpl�ncia. Vari�vel preocupante.

No tocante a outra important�ssima vari�vel, o investimento agregado, o pa�s est� abaixo do aceit�vel. N�o passa dos 18,5% enquanto seria necess�rio no m�nimo 25%. Os gastos p�blicos que poderiam ser reduzidos para abrirem espa�os para os investimentos necess�rios, n�o foram contidos. Pelo contr�rio, o Estado continua inchado e inoperante, isso sem contar o desperd�cio do dinheiro p�blico.

As exporta��es poderiam auxiliar no desempenho macroecon�mico, mas com a necessidade de controlar a infla��o, o governo tem derrubado a cota��o do d�lar e a solu��o n�o vir� pela balan�a comercial, � medida que as importa��es tamb�m devem crescer. Quase uma sinuca de bico. � preciso ser firme. � preciso sinalizar ao mercado qual a estrat�gia, que a infla��o est� sob controle e n�o h� espa�o para improviso ou titubeio.

Mexer agora na pol�tica monet�ria � dar um tiro no p�, portanto, publicidade dos caminhos a serem seguidos nos parece ser o melhor caminho. Seria fundamental que o Banco Central mostrasse sua independ�ncia ou pelo menos autonomia e que o Minist�rio da Fazenda deixasse de ser analista da economia, coadjuvante, para ser efetivamente protagonista. Ainda h� tempo, mas este momento da equipe econ�mica preocupa e muito.

O autor, Reinaldo Cafeo, � economista, presidente da Acib, diretor do Corecon e articulista do JC




publicidade
As Mais Compartilhadas no Face
(SF) © Copyright 2024 Jornal da Cidade - Todos os direitos reservados - Atendimento (14) 3104-3104 - Bauru/SP