Essas abreviaturas trazem-me � lembran�a as tr�s estradas de ferro que serviam, dentre outros, nosso munic�pio: Estrada de Ferro Sorocabana, Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, Companhia Paulista de Estradas de Ferro. Praticamente acabaram com elas.
Os pr�dios das esta��es, uns demolidos, outros abandonados, outros cedidos para fins que n�o de esta��es. Trens de passageiros e de carga corriam majestosos.
N�o falo como t�cnico no assunto, pois que n�o o sou. Falo como pessoa do povo, que ouve a voz do povo e que l� o que �, em s�ntese e em geral, noticiado pelos meios de comunica��o.
Os trens de passageiros foram suprimidos. Uma m�quina puxando vinte, trinta vag�es: restaurante, dormit�rios, �pulmans�, vag�es de primeira e de segunda classe, carro-correio, �cabose�. O apito da m�quina, at� hoje n�o superado em beleza, era quase musical. O sino da locomotiva, quando o trem ia adentrando nas esta��es, inimit�vel. Trens de carga, cheguei a ver locomotiva puxando cinquenta vag�es lotados! Que espet�culo! Nas curvas o trem parecia uma serpente! Ficou somente o transporte de carga arrendado a este ou �quele interessado. Mas arrendat�rio n�o � dono, n�o cuida como dono. Vejo, mesmo no per�metro urbano da minha cidade, a via f�rrea com mato e lixo.
Em pa�ses outros trem de passageiros � soberano; aqui � proscrito. Trens desses lugares chegam a pasmar a gente, de t�o bonitos! Isto n�o significa que nossas m�quinas a lenha n�o fossem bonitas; eram lindas! Mas melhorar � l�cito. Governos que tivemos liquidaram com tudo isso, e os que da� em diante temos tido continuam mantendo a proscri��o. Eu desejo a volta das nossas estradas de ferro, pelo menos como elas eram antes.
Euclydes de Carvalho |
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