Nem findou a marola das ondas das piscinas ol�mpicas de 2012 e o af� governamental j� se encerrou. Bastante t�pico. Isso ocorre porque, de quatro em quatro anos, a colossal exposi��o da m�dia dedica uma aparente preocupa��o do governo pelos resultados dos atletas brasileiros, numa s�bita paix�o que se arrefece conforme as medalhas n�o chegam e o Brasil vai ocupando sua tradicional retaguarda no quadro de medalhas.
O atual ministro dos Esportes, Aldo Rebelo, disse que o governo vai dar patroc�nio conforme os resultados dos atletas, algo como um sistema de cotas. Tamb�m t�pico: se n�o tem negro na universidade, criam-se cotas; se faltam deficientes nos empregos, criam-se cotas; se faltam mulheres nos partidos pol�ticos, criam-se cotas. Ora, por que n�o criar cotas para pol�ticos honestos? Ou para aqueles com compet�ncia comprovada? Diante do quadro degenerativo na qualidade dos agentes p�blicos atuais, qualquer percentual positivo faria diferen�a.
A dificuldade do governo, que distribui cargos entre pol�ticos burocratas que nada entendem de coisa alguma, est� em n�o ver o �bvio: pa�ses medalhistas s�o vencedores n�o porque criam cotas para patroc�nio, mas porque investem nas bases, formando crian�as e jovens competitivos, patriotas e aguerridos. Ganham porque saltam mais alto, nadam mais r�pido e correm mais velozes. � quase uma quest�o de honra nacional, de supera��o, de vergonha na cara, de ser guerreiro, de chorar de raiva porque chegou em 2� lugar!
Falta-nos brio, coragem e esp�rito de combatividade. Falta est�mulo ao prop�sito de ser vencedor, algo diferente dos bolsas-qualquer-coisa para ajudar e acomodar cada um na situa��o que est�. E, enquanto isso n�o acontece, quando um brasileiro ganha � aquela gritaria hist�rica de �� do Brasil! � do Brasil!�. N�o �!! � apenas o m�rito individual de uns poucos atletas que nasceram com uma boa gen�tica e se esfor�aram sozinhos desde muito cedo. Venha o Rio 2016!
Ivan Goffi |
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