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20/12/09 03:00 - Nacional

Capital nacional do brinquedo est� a todo vapor para 2010

S�o Paulo - As f�bricas de brinquedos de Laranjal Paulista, a 165 km de S�o Paulo, na regi�o de Sorocaba, v�o fazer a alegria de milh�es de crian�as em todo o Brasil e no Exterior neste Natal. Mas n�o v�o parar para comemorar. Parte delas suspendeu as f�rias coletivas de dezembro e, ao contr�rio do que costuma acontecer, v�o entrar em 2010 trabalhando a todo vapor.

A cidade, conhecida como a �Capital do Brinquedo�, tornou-se o terceiro maior p�lo do setor no mundo, com uma produ��o estimada em 40 milh�es de brinquedos por ano. S� de bonecas s�o 20 milh�es por ano. O bom desempenho da economia brasileira fez com que a produ��o este ano aumentasse entre 10% e 15% em rela��o a 2008.

O resultado � evidente nas ruas da pequena Laranjal Paulista, com seus 24.454 habitantes. Kombis e picapes circulam levando caixas repletas de cabe�as, bracinhos e olhinhos de bonecas, al�m de rodas e carrocerias de carrinhos, tratores e caminh�es. As 20 maiores empresas do setor terceirizam parte da produ��o para cerca de 30 micros e pequenas empresas, muitas rec�m-sa�das da informalidade. Estas, por sua vez, contratam os servi�os de outros moradores - jovens, estudantes, donas de casa, aposentados - para fazer em casa tarefas como a colagem de etiquetas ou a produ��o de roupinhas. De acordo com a prefeitura, o setor passou a ser o principal empregador e a base da economia local.

Expans�o

A Roma Brinquedos, uma das mais tradicionais do setor, n�o vai parar no Natal. �Ano passado paramos no dia 5 de dezembro e voltamos no mesmo dia em janeiro�, conta o diretor Marcos Jensen. Este ano, os mais de 700 funcion�rios ter�o apenas as folgas programadas para o Natal e o Ano Novo. �Estamos vendendo muito bem e precisamos manter os estoques abastecidos em janeiro.�

As vendas est�o 10% acima de 2008, que j� havia sido um ano muito bom para o setor, segundo Jensen. �A crise n�o nos pegou, tanto que estamos mantendo um ritmo de crescimento pr�ximo de 15% ao ano.� Ele lembra que, no auge da crise internacional, no in�cio deste ano, havia um clima de preocupa��o. �A gente at� tirou um pouco o p� do acelerador, com medo do que viria, mas os pedidos continuaram chegando. A� aceleramos de novo.�

As perspectivas s�o t�o boas que a Roma est� investindo em novas instala��es. A unidade, com 25 mil m�, vai elevar em at� 40% a atual capacidade de produ��o da empresa. Com linhas de cr�dito do BNDES, a ind�stria adquiriu seis modernas injetoras de pl�stico e ampliou a frota de caminh�es.

As linhas de brinquedos foram incrementadas com acess�rios e equipamentos para agregar valor. Mas h� tamb�m os produtos mais simples para atender �s classes que apenas nos �ltimos anos passaram a comprar brinquedos. Os pre�os variam de R$ 20,00 a mais de R$ 100,00.

A Roma vende para o Brasil todo, conta Jensen. �Estamos em todos os Estados brasileiros e na maioria das cidades, do Oiapoque ao Chu�.� A empresa atua tamb�m no mercado internacional, com a venda de brinquedos para a It�lia, Rom�nia, Rep�blica Checa, al�m dos pa�ses do Mercosul.

De acordo com o empres�rio, a terceiriza��o de servi�os foi a forma encontrada pelas ind�strias para fazer frente � concorr�ncia dos produtos chineses, reduzindo o custo com m�o de obra. Ele lembra que, no passado, quando a produ��o de brinquedos da China come�ou a invadir o Brasil, o setor viveu uma quebradeira. �Naquela ocasi�o, pelo menos 300 f�bricas fecharam as portas.�

Com a adapta��o � nova situa��o e tamb�m por causa das salvaguardas dadas pelo governo, ap�s press�o da Associa��o da Ind�stria de Brinquedos (Abrinq), o setor se recuperou. �Hoje, o Brasil tem 330 ind�strias de brinquedos e, nos �ltimos dez anos, n�o perdeu nenhuma.�




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