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13/12/09 03:00 - Geral

�N�o tem um dia que n�o sinto nada�

Luiz Beltramin
Dolores (nome fict�cio) toma, no m�nimo, sete comprimidos por dia. Tr�s deles apenas para a depress�o, um para press�o alta, um diur�tico para problemas renais, al�m de outros dois para controle do colesterol.

Os problemas, lembra a dona de casa, come�aram ap�s a perda do primeiro filho, que nasceu morto. Al�m de uma dor de cabe�a onipresente, o sofrimento � acentuado por um quadro depressivo, de ansiedade, nervosismo, bem como problemas nos rins, colesterol alto, al�m de hipertens�o arterial.

�Sei que muita coisa � de fundo psicol�gico�, admite a mulher, de 57 anos, ao tamb�m confirmar que constantemente busca aux�lio em centro de sa�de. �N�o tem um dia que eu possa falar, �gra�as a Deus, n�o tenho nada�, queixa-se. �Mas as pessoas t�m de saber que busco atendimento porque preciso. Se eu n�o precisasse, seria a maior b�n��o�, acentua.

Consciente de que, em alguns casos, sua dor � evidenciada por um transtorno psicol�gico, ela afirma que, mesmo em tratamento psiqui�trico com medicamentos controlados, dificilmente voltar� ao psic�logo.

Segundo a dona de casa, um desentendimento com profissional da �rea a motivou a n�o mais procurar esse tipo de aux�lio. �Fui durante um m�s e parei porque achava que ia brigar com ela�, detalha. �Sou muito nervosa e absorvo os problemas dos meus familiares�, admite.



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Respeito


Independentemente � exist�ncia dos sintomas f�sicos reclamados pelos doentes, � consenso tanto entre profissionais da �rea da sa�de quanto da psicologia que aten��o � fundamental em qualquer caso. �Procuramos atender todas as necessidades. Cabe ao m�dico avaliar e, dependendo do caso, encaminhar ao psic�logo�, comenta a enfermeira Marta Peixoto Duarte, do Hospital S�o Lucas.

Segundo ela, � comum alguns pacientes que j� receberam atendimento retornarem em busca de novo amparo. �Algumas pessoas que retiram medicamentos ficam apavoradas e reclamam at� de piora simplesmente porque sobrou apenas um comprimido dentro do frasco�, testemunha a profissional. �Mas o atendimento � sempre prestado, independentemente a qualquer fato�, assegura. �N�o � algo inventado, � transtorno classificado internacionalmente. Muitas vezes o corpo �fala��, refor�a a psic�loga Bruna Burneiko Alves Meira, do Hospital Estadual de Bauru, acentuando que formas e tempos de tratamento variam de caso para caso. �O importante � procurar aux�lio profissional�, refor�a.




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