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03/12/09 03:00 - Pol�cia

Homem em crise mobiliza PM e �guia

PMs, For�a T�tica, equipe do helic�ptero �guia e Samu foram acionados para atender ocorr�ncia que durou sete horas

Ma�ra Soares/Com Tisa Moraes
Uma suposta crise de abstin�ncia de um morador da quadra 2 da rua Waldomiro Alves de Oliveira, no N�cleo Mary Dota, mobilizou mais de seis viaturas da Pol�cia Militar, dezenas de policiais militares da 4� Companhia, oficiais da For�a T�tica, equipes do helic�ptero �guia e do Servi�o M�vel de Atendimento de Urg�ncia (Samu). R�gis Bonfim de Oliveira, 33 anos, quebrou diversos objetos da pr�pria casa, pegou uma faca e amea�ou se matar dentro de um dos quartos de sua resid�ncia.

A ocorr�ncia come�ou �s 8h30 e foram necess�rias mais de sete horas para que os policiais o convencessem a receber atendimento m�dico no Pronto-Socorro Central (PSC). �Ele estava muito nervoso e decidido a se matar. Mas, atrav�s da t�cnica que a Pol�cia Militar disp�e, conseguimos levantar sua auto-estima e ele conseguiu entender que a melhor sa�da era acatar as nossas orienta��es�, destaca o tenente Bruno Mandaliti, comandante do 1.� Pelot�o da For�a T�tica de Bauru, que chegou ao local por volta das 12h30 para coordenar as negocia��es com Oliveira.

Depois de sofrer a suposta crise, o homem deixou a casa devastada: m�veis quebrados, vasos de planta em cacos e terra espalhada por todo canto. Policiais de v�rias patentes, enfermeiras e m�dicos ocupavam todos os espa�os e tentavam convencer o homem a desistir da tentativa de suic�dio. Por medida de seguran�a, al�m da presen�a de uma viatura do Samu, os policiais tamb�m estavam paramentados com pistolas de choque e sprays de g�s pimenta, caso Oliveira decidisse atentar contra a pr�pria vida.

Em meio ao caos, Nilva Bonfim, m�e de Oliveira, lamentava o ocorrido. Segundo ela, o filho era usu�rio de coca�na desde 2007 e estava sem se drogar h� alguns meses. �Hoje (ontem) de manh�, fui correndo no Caps (Centro de Aten��o Psicossocial aos Usu�rios de �lcool e Drogas) para ver se ele come�ava a fazer um tratamento s�rio. Desde que me aposentei, em junho, n�o deixo ele usar mais droga. Para mim, isso a� � crise de abstin�ncia�, conta, salientando que os problemas com o filho se tornaram mais freq�entes nos �ltimos 15 dias.


Esfor�o

Nilva tamb�m lamenta que seu esfor�o n�o tenha sido suficiente. �Ele tem tudo, n�o � um �p� rapado�. N�o deixo meu filho a Deus dar�. Paguei at� curso de pintura para ele. O duro � que n�o adianta eu ir no Caps sozinha, eles falam que ele precisa ir junto. Ele precisa querer se tratar, e ele n�o quer ir�, relata.

Os vizinhos se espantaram com tamanha movimenta��o e foram acompanhar o desenrolar dos fatos nos port�es de suas casas. Apesar de n�o quererem se identificar, todos falaram que Oliveira nunca havia feito algo do tipo. Eles disseram saber que o vizinho era usu�rio de drogas, mas alegaram que o mais comum era ouvir apenas alguns gritos vindos de dentro de casa, de vez em quando.

Os policiais passaram a manh� toda conversando com Oliveira e atendendo a seus pedidos mais absurdos. Em um deles, ele pediu que os policiais do helic�ptero �guia fossem at� o local para desarmar uma suposta bomba que estaria no local.

Um sargento e um tenente compareceram � casa e simularam o desarmamento � bomba imagin�ria. Oliveira tamb�m pediu �gua, chocolate e cigarros. As solicita��es tamb�m foram atendidas, mas ele mostrava-se irredut�vel. �Ele demonstrava um certo descontrole mental. Ent�o, tudo o que ele dizia, n�s ouv�amos e acat�vamos�, pontua Mandaliti.

Um m�dico que estava no local chegou a sugerir que fosse oferecido a Oliveira um salgado contendo um medicamento son�fero para que os policiais pudessem rend�-lo. Mas a medida foi logo descartada. �Essa possibilidade foi abortada porque, se ele descobrisse, poderia botar toda a negocia��o a perder. O importante era manter a confian�a que ele, aos poucos, estava depositando em n�s�, frisa o tenente.

Oliveira decidiu se render por volta das 15h45 e, mais calmo, ainda fumou um cigarro antes de entrar na viatura do Samu. J� no PSC, ele foi submetido a avalia��o m�dica e, at� o final da noite de ontem, ainda permanecia em observa��o na unidade de sa�de.




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