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16/11/09 03:00 - Internacional

China tenta blindar visita de Obama

O governo chin�s teme protestos e tentou evitar que norte-aemricano se encontre com dissidentes e universit�rios

Pequim - A realiza��o de um debate com 600 estudantes, que far�o perguntas diretamente ao presidente Barack Obama hoje em Xangai, revela a tens�o durante a primeira visita oficial do americano � China.

At� ontem � noite, quando o presidente desembarcou em Xangai, n�o estava claro como seria o debate, em um pa�s onde professores ditam que perguntas universit�rios podem fazer em eventos similares.

A transmiss�o seria para todo o pa�s, mas deve ficar limitada a Xangai. Ao mesmo tempo, pelo menos uma centena de ativistas e dissidentes pol�ticos est�o em pris�o domiciliar ou foram retirados de Pequim e Xangai �s v�speras da visita.

O governo chin�s teme protestos e tentou evitar que Obama se encontre com dissidentes - e receia que algum estudante fale sobre censura na internet no debate ao vivo.

Nos �ltimos anos, h� diversos sinais de retrocessos na liberdade de express�o e aumento do controle e da censura no pa�s, ap�s certa abertura nos anos 90.

Obama se encontrar� com o presidente chin�s, Hu Jintao, o primeiro-ministro Wen Jiabao e visitar� a Cidade Proibida e a Grande Muralha em Pequim, onde chega amanh� e fica at� quarta-feira. Na agenda, coopera��o econ�mica, conten��o da Coreia do Norte e do Ir�, ambos aliados chineses, e a mudan�a clim�tica -China e EUA s�o os dois maiores emissores de poluentes do mundo

Mas, como a China � a maior financiadora do deficit p�blico americano, pois usa bilh�es de d�lares de seu superavit comercial para comprar t�tulos do Tesouro americano, observadores pol�ticos duvidam que Obama seja direto na cobran�a em rela��o ao desrespeito dos direitos humanos dos anfitri�es. Ou que consiga chegar a um acordo sobre novas san��es � Coreia do Norte ou ao Ir� se continuarem seus programas nucleares.

A Coreia do Norte serviu de Estado tamp�o por d�cadas de Guerra Fria, e o Ir� se tornou o segundo maior fornecedor de petr�leo � China no �ltimo ano.

A China possui US$ 1,6 trilh�o de d�lares e t�tulos do Tesouro americano, segundo estimativas recentes. Obteve US$ 275 bilh�es em superavit em seu com�rcio com os EUA.

Persegui��o religiosa

Outro grupo que o governo quer controlar no esfor�o antiprotesto durante a visita de Obama � o dois fi�is das �igrejas clandestinas��. Elas s�o formadas por grupos de leitura da B�blia que come�am em apartamentos, mas que t�m se multiplicado pelo pa�s.

A China s� permite o funcionamento de igrejas com autoriza��o do Partido Comunista, que pode at� nomear pastores, padres e bispos. O pa�s n�o tem rela��es diplom�ticas com o Vaticano e � oficialmente um Estado ateu.

Ontem, cerca de 800 fi�is da igreja evang�lica Shouwang desafiaram a press�o policial e se reuniram no audit�rio alugado de uma faculdade em Pequim.

No ano passado, o ex-presidente George W. Bush foi a um culto em Pequim em uma igreja autorizada pelo governo chin�s. Ativistas pedem que Obama defenda a liberdade religiosa no pa�s e se encontre com l�deres das igrejas clandestinas.




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