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20/10/09 03:00 - Opini�o

Ser professor: miss�o a cumprir

Francisco Giglioti
Ainda pequeninos aprendemos a enxergar com carinho as pessoas que mais t�m influ�ncia em nossas vidas. Pela sua forma��o, pelo respeito que inspiram, pelo conhecimento que acumulam, por serem eternos pesquisadores e por muitas outras qualidades que nem sequer imaginamos. O importante � que os identificamos e os admiramos. Ao cometer erros ou acertos na vida, lembramos de pessoas como pais, m�es, irm�os e de outras que fazem parte de um grupo solid�rio, que sempre colabora com a nossa forma��o e, finalmente, dos professores. � normal que dessas lembran�as surjam constata��es importantes, que marcam de forma definitiva tais pessoas, merecedoras de exclama��es do tipo �como ele foi importante para n�s� ou �como ele foi verdadeiro exemplo de vida para o nosso grupo� para que pud�ssemos nos apoiar em algu�m, em benef�cio do nosso crescimento e desenvolvimento como elementos humanos ou como um grupo com caracter�sticas pr�prias.

Quando essa lembran�a � negativa, porque n�o se comprometeu suficientemente por uma causa, � inevit�vel e marcante a rotula��o de que �esse indiv�duo poderia ter sido melhor na nossa forma��o� ou �ele n�o acrescentou nada em nossa exist�ncia�. Na maioria das vezes, h� vazios que n�o s�o preenchidos de acordo por essas pessoas. E h� v�rias desculpas tentando justificar aquilo que n�o foi feito, como �o hor�rio que n�o batia�, ou porque �n�o tinha tempo dispon�vel para falar sobre certos assuntos�, que, �s vezes, eram insignificantes para eles, por�m, muito importantes para os alunos sedentos pelo saber. Essa lacuna � normalmente preenchida pela extens�o do trabalho do professor, que de maneira sol�cita se debru�a sobre qualquer problema de seu semelhante e tenta solucion�-lo, ou pelo menos, induzir para perseguir o necess�rio encaminhamento em busca do acerto. Este amigo e companheiro do dia-a-dia, que acompanha seus consulentes, discute com eles sobre v�rios problemas, diverge, concorda e abre os bra�os e o cora��o, acatando as queixas e ouvindo as sugest�es para sua pondera��o. Toma decis�es em nome do grupo assumindo os riscos como um verdadeiro coordenador do assunto. Assim, passamos a vida! Assim queremos que algu�m nos ou�a, nos inspire, nos ampare, nos entenda! Assim, chamamos de professor aquele que se desprende de si mesmo para abra�ar causas alheias e provocar o conhecimento. Como se v�, ser professor n�o � s� transmitir informa��es, mas, acima de tudo, crescer com seus alunos pela pr�tica de trabalhos do interesse da coletividade. Professores de todas as �reas do conhecimento, de todas as escolas p�blicas e privadas, do maternal ao mais alto n�vel do conhecimento, de todos os n�veis de forma��o, com todas as queixas pelo descaso com que, �s vezes, somos tratados pelos nossos governantes, pelos superiores, pela pr�pria sociedade, pelas institui��es, pelas empresas e pelas demais organiza��es.

Tenhamos em mente que ser professor n�o � apenas ser mestre ou ensinar uma ci�ncia, como diz Aur�lio Buarque de Holanda Ferreira. � praticar algo muito mais importante. � sem d�vida, um verdadeiro sacerd�cio. A n�s professores e professoras, parab�ns pelo nosso dia e pela nossa gratificante miss�o diante da sociedade.


O autor, Francisco Giglioti, � professor da Faculdade de Ci�ncias Econ�micas de Bauru - ITE e administrador





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