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14/10/09 03:00 - Internacional

Reuni�o em Honduras termina sem acordo

Proposta n�o agrada Zelaya pois faria com que golpista Micheletti constru�sse uma sa�da honrosa para a situa��o

Folhapress
Tegucigalpa - Negociadores do governo interino de Honduras, liderado por Roberto Micheletti, e do presidente deposto Manuel Zelaya, encerraram ontem as discuss�es de sete dos oito pontos em negocia��o inclu�dos no Acordo de San Jos�. Agora, o �nico sobre o qual ainda n�o se chegou a um consenso � o mais importante: a restitui��o de Zelaya ao cargo.

�Todos os pontos j� foram aprovados e j� est�o assinados. S� falta a restitui��o do presidente Zelaya�, disse o ex-ministro do Interior e negociador Victor Meza, ao entrar na embaixada brasileira ontem para se reunir com Zelaya.

A volta do presidente deposto, em discuss�o, n�o mostrou ser consenso entre os representantes que participam das conversas oficiais. Os negociadores de Micheletti apresentaram uma proposta de ren�ncia do presidente interino, mas ela n�o significaria o retorno autom�tico de Zelaya.

No texto em discuss�o, os presidentes do Congresso e da Suprema Corte, que constitucionalmente substituem, sucessivamente, o presidente da Rep�blica, tamb�m renunciariam, abrindo espa�o para um conselho de ministros comandar o pa�s. Esse grupo seria formado por pessoas escolhidas pelas duas partes em conflito. O ministro de Governo, cargo mais importante do grupo, poderia restituir o presidente deposto em 28 de junho, desde que tivesse o aval da Corte Suprema - que ordenou a deposi��o de Zelaya por considerar ilegal sua insist�ncia de promover uma consulta popular sobre a realiza��o de uma Assembl�ia Constituinte no pa�s.

A proposta, que n�o agrada Zelaya, faria com que Micheletti constru�sse uma sa�da honrosa para a situa��o. Hoje, na vis�o da comunidade internacional, ele lidera um governo golpista que destituiu um presidente leg�timo.


Negociadores de Zelaya

Os negociadores de Zelaya deixaram ontem as reuni�es avisando que n�o aceitariam uma sa�da que apenas tornasse legal o golpe e que insistem na restitui��o do presidente deposto. �Se n�o, estar�amos perdoando um golpe de Estado que n�o queremos que se repita�, disse Mayra Mej�a.

Por outro lado, Zelaya avalia que � positivo �limpar a mesa� das negocia��es para focar a discuss�o apenas na sua restitui��o. A expectativa � que a concentra��o no ponto principal aumente a press�o interna e externa sobre Micheletti.

Em comum, ambos os lados ressaltam que os temas em debate s�o �essencialmente pol�ticos, mas com componentes jur�dicos�. Caso haja d�vida sobre a legalidade de parte do acordo, o texto pode ser barrado na Suprema Corte.

�Esperamos ter uma resposta (para a crise) amanh� (hoje)�, disse a ex-presidente da Corte Suprema Vilma Morales, da comiss�o de Micheletti. Sobre o prazo de Zelaya, de encerrar as discuss�es at� hoje, ela afirmou que �n�o se pode negociar sob press�o�.

O grupo j� decidiu e assinou a desist�ncia de realizar uma Constituinte e uma anistia coletiva. Por discordar com os dois pontos, um dos negociadores de Zelaya, Juan Barahona, anunciou formalmente que se retirava das conversas. Mesmo assim, n�o atacou a posi��o de Zelaya, de flexibilizar sua posi��o sobre os dois temas.

Al�m das negocia��es entre os hondurenhos, um representante do Departamento de Estado dos EUA manteve encontros, na embaixada americana, com setores da sociedade. Gregory F. Maggio veio ao pa�s, segundo uma fonte da embaixada, para �ajudar na constru��o de um acordo efetivo�.




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