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02/10/09 03:00 - Internacional

Cientistas acham o mais antigo esqueleto de ancestral humano

Folhapress
Nova York - Com 4,4 milh�es de anos, apenas 1,2 metro e 50 kg, Ardi n�o � exatamente uma beldade, mas antrop�logos do mundo todo j� ca�ram de amores por ela. O f�ssil et�ope, que acaba de ser apresentado � comunidade cient�fica, � o retrato mais antigo e mais completo dos ancestrais da humanidade.

Ardi destrona outra f�mea famosa, Lucy, uma Australopithecus afarensis cerca de 1 milh�o de anos mais jovem. At� agora, Lucy era o mais completo exemplar de ancestral primitivo do homem a ser achado.

A nova �mo�a� sugere um quadro inesperado sobre as origens humanas. N�o se deixe iludir pelas semelhan�as superficiais: os primeiros homin�deos, como s�o chamados esses predecessores do homem, n�o eram meros chimpanz�s, mas criaturas com anatomia e h�bitos bem distintos dos que se v� entre os grandes macacos africanos de hoje.

Os detalhes do corpo de Ardi e de seus parentes, membros da esp�cie Ardipithecus ramidus, mostram que tanto os chimpanz�s quanto a linhagem humana passaram por grandes transforma��es desde que se separaram. �� exatamente o que Darwin previu sobre essas duas linhagens��, declarou Tim White, da Universidade da Calif�rnia em Berkeley, que coordenou os estudos sobre Ardi.

White e companhia publicam suas conclus�es sobre o f�ssil e o ambiente onde vivia numa cole��o de 11 artigos na revista especializada americana �Science�. �� uma realiza��o extraordin�ria, porque os f�sseis foram achados originalmente em pedacinhos, que tiveram de ser reconstru�dos com a ajuda da �ltima palavra em computa��o gr�fica��, avalia John Fleagle, paleoantrop�logo da Universidade de Stony Brook (EUA), que comentou a pesquisa.

Esse esfor�o todo come�ou em meados dos anos 1990 e s� terminou agora. Hoje, a equipe de pesquisa pode afirmar com confian�a que Ardi era uma primata que, no ch�o, andava com duas pernas, mas tamb�m era capaz de escalar �rvores e andar por elas como quadr�pede, apoiando-se nas palmas de suas m�os e p�s. Para conseguir isso, os ded�es do p� eram capazes de agarrar objetos, como os polegares humanos, e as m�os podiam se voltar bastante para tr�s, com as palmas para cima, facilitando a tarefa de se prender aos galhos.

Ao mesmo tempo, por�m, a f�mea e seus parentes n�o estavam adaptados a ficar se balan�ando de galho em galho nem caminhavam apoiados sobre os n�s dos dedos, duas caracter�sticas que definem os chimpanz�s. �� uma mudan�a enorme diante das vis�es atuais��, diz Fleagle. �Todo mundo achava que, quanto mais antigos os f�sseis, mais os homin�deos seriam parecidos com os chimpanz�s de hoje��, diz ele.

Completando o pacote de tra�os inesperados, os dentes caninos dos machos de A. ramidus s�o modestos, e o tamanho deles e das f�meas � igual, o que indica uma esp�cie relativamente pac�fica, diferente dos agressivos chimpanz�s.




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