Reforma da esta��o custa at� R$ 5 mi

O custo completo da reforma da antiga esta��o ferrovi�ria, incluindo anexos e estacionamento, � de R$ 4.798.667,78 nas contas da Caixa Econ�mica Federal (CEF). O n�mero corresponde a 74,6% do valor pedido pelo Sindicado dos Ferrovi�rios pela compra do pr�dio, de R$ 6,3 milh�es. Ontem � noite, o prefeito Rodrigo Agostinho (PMDB) ponderou que o custo leva em conta as adequa��es de todas as �reas da esta��o, situa��o que n�o seria exigida, segundo ele, caso o local fosse aproveitado pelo setor p�blico local.

O custo da reforma pode ser decisivo na concretiza��o da id�ia do prefeito Rodrigo Agostinho (PMDB) para aquisi��o do im�vel. A sa�da poder� ser minimizar o impacto financeiro com a ajuda da C�mara Municipal de Bauru, que precisa ampliar suas instala��es e tem, como alternativa, migrar para o pr�dio juntamente com o Executivo.

O aporte do Legislativo para constru��o de novo pr�dio est� previsto no Or�amento de 2010 em R$ 5 milh�es e ainda ser� votado. Mas a dota��o pode ser utilizada para reforma e at� a constru��o de um anexo na �rea da esta��o. �Eu acho tranq�ila a possibilidade da C�mara dar destina��o para o pr�dio da esta��o junto com a prefeitura. Nossa proposta � o de deslocar algumas �reas para l�, onde hoje se paga aluguel, e n�o o gabinete do prefeito. A prefeitura tem de conquistar aquele pr�dio e n�o precisamos reformar tudo agora�, disse Agostinho.

O prefeito tamb�m pondera que o custo levantado pela CEF foi para ocupa��o de amplas instala��es no padr�o banc�rio. �O custo deles inclui at� constru��o para estacionamento e nossa proposta � bem mais enxuta. Podemos comprar e reformar no in�cio o que for utilizar, com a adequa��o hidr�ulica.�

No Legislativo, o tema ainda n�o est� pacificado, com vereadores contra e a favor. O assunto permeou ontem muitas discuss�es, durante a sess�o do Legislativo, com discursos do DEM, PSB, PT, PTB, PPS e PR. Inclusive porque as cadeiras do plen�rio foram insuficientes para abrigar o p�blico presente, que teve de acomodar-se no ch�o.

�A C�mara foi adaptada. H� necessidade de que n�s tenhamos uma Casa compat�vel com a popula��o que temos, com espa�o para que a popula��o possa exercer cidadania em diversos n�cleos e diversos contextos pol�ticos�, afirma Paulo Eduardo de Souza (PSB).

Para o petista Roque Ferreira, se analisar a estrutura do pr�dio, ela foi concebida para receber a sede de uma companhia e n�o apenas uma esta��o de embarque e desembarque. Portanto, na opini�o do vereador, ela n�o � apenas uma esta��o ferrovi�ria, � mais do que isso. Foi concebida para ser a sede de uma grande corpora��o.

�Do ponto de vista dos ferrovi�rios, n�o existe qualquer interesse passional nessa discuss�o. N�s n�o pedimos aquele pr�dio. Aquela d�vida foi fruto da irresponsabilidade de um diretor j� falecido para pagamento de d�vida para 4.402 ferrovi�rios. N�s abrimos a discuss�o com o prefeito, propusemos parcelamentos, criamos condi��es para que o munic�pio olhe para ele. A recupera��o da �rea da central da cidade passa necessariamente pela recupera��o do pr�dio. Se existe um interesse do prefeito, acho que devemos fazer um esfor�o em rela��o a isso, porque a cidade de Bauru merece.�

O levantamento

De acordo com o levantamento feito pela CEF, os principais servi�os realizados na reforma seriam limpeza geral com remo��o de detritos, sobras de equipamentos ferrovi�rios, terraplanagem da �rea de futura garagem, demoli��o de todas as paredes, pisos e forros internos, exceto no hall t�rreo, mantidos os pilares da estrutura b�sica, demoli��o do anexo do t�rreo ao lado da futura garagem e das coberturas e das plataformas externas, retirada de todas as instala��es el�tricas e hidr�ulicas existentes, recupera��o da cobertura da gare, com substitui��o das telhas e reposi��o dos vidros, fechamento do v�o entre os trilhos na cota da plataforma e constru��o de novas escadas e po�os de elevadores.

Al�m disso, o relat�rio prev� constru��o de novos sanit�rios, das �reas principais do layout como audit�rio, ag�ncia, caixa-forte, recupera��o das fachadas incluindo restauro ou substitui��o dos caixilhos existentes e vidros, constru��o de um edif�cio garagem em dois n�veis, paisagismo b�sico em toda �rea e constru��o de muro divisa e, para finalizar, constru��o de cal�adas em mosaico portugu�s.

Somente para a readequa��o das instala��es el�tricas seriam necess�rios R$ 920 mil, para a utiliza��o como escrit�rio da CEF, al�m de R$ 770 mil de ar-condicionado.


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Contr�rios

Alguns parlamentares discordam da inclus�o de R$ 5 milh�es no Or�amento de 2010 para constru��o de um novo pr�dio. Um deles � Chiara Ranieri (DEM). �N�o � o que os mun�cipes dizem nas pesquisas. Temos at� o dia 5 de outubro para aprovar o Plano Plurianual (PPA) e acho que a gente pode pensar em propor emendas de acordo com aquilo que for estabelecido pela cidade como prioridade e n�o a constru��o de uma nova C�mara�, afirma.

O tucano Marcelo Borges afirmou que a bancada do partido ir� apresentar uma emenda com pedido para que seja retirado do Or�amento de 2010 os R$ 5 milh�es para constru��o do novo pr�dio do Legislativo.