Quem � o vil�o?

Estamos em plena campanha antitabagismo. Muito se fala, se multa, se pro�be... Os fumantes est�o cercados e n�o t�m a quem recorrer, afinal, n�o existem cl�nicas para recupera��o de fumantes custeadas pelo governo ou ao menos rem�dios antitabagismo gr�tis. Ent�o, ele corre �s farm�cias, gasta o que tem e um pouco mais, tudo em v�o. Rem�dios car�ssimos, mas sem apoio psicol�gico n�o serve para nada. Ent�o, ele continua se sentindo exclu�do por ser �fumante�. Pode at� aparecer apologia ao cigarro, mas �n�o � n�o�, � apenas uma compara��o com o outro vil�o, ainda mais terr�vel que o cigarro: �o �lcool�.

A bebida alco�lica continua na m�dia patrocinando shows, eventos e comemora��es, divulgada por celebridades e na boca do povo (literalmente). O indiv�duo consumidor n�o fica t�o chocado com fracas campanhas, como �Se beber n�o dirija�. � apenas um conselho. Ele pode apreciar com modera��o. Afinal, r�tulos das garrafas n�o trazem fotos doloridas como nos ma�os de cigarros.

Se a pessoa estiver bebendo muito, j� tiver perdido a fam�lia, emprego, boas amizades e tiver corrido da pol�cia, ele se interna de livre e espont�nea vontade em uma cl�nica de recupera��o para �lcool e drogas. Onde com apenas uma contribui��o simb�lica mensal ele ter� direito a m�dicos, psic�logos, rem�dios e terapia ocupacional. Alguns at� recebem aux�lio-doen�a do INSS e ali permanecem alguns meses (infelizmente, 90% dos recuperados voltam a beber). Para mudar essa situa��o � preciso que entidades competentes e inteiradas ofere�am ajuda aos fumantes que querem parar, a mesma ajuda oferecida aos alco�latras! Obs.: H� quem fume s� quando bebe!


F�tima Aparecida Ramos