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21/08/09 03:00 - Economia

Seguros de carros ficam mais caros

Ao renovar ap�lice, o dono do ve�culo vai pagar entre 8% e 10% a mais; Sincor argumenta que h� quatro anos n�o havia reajuste

Ricardo Santana
Os pre�os atraentes dos seguros de autom�veis, resultado da disputa das seguradoras por clientes, acabou em Bauru. Com uma frota em torno de 200 mil ve�culos, a cidade � um bom mercado para o ramo de seguro de autom�veis, mas na hora de renovar a ap�lice o dono do carro vai pagar entre 8% e 10% a mais do que desembolsou no ano passado.

O diretor Regional do Sindicato dos Corretores de Seguros (Sincor-SP) em Bauru, Fernando Alvarez, descarta a hip�tese do aumento do valor dos seguros ser conseq��ncia da crise financeira mundial. �A crise econ�mica pouco afetou o setor, pois com crise ou sem crise os acidentes acontecem com freq��ncia. As seguradoras t�m consci�ncia dos riscos que os propriet�rios de ve�culos correm�, salienta.

Alvarez afirma que o reajuste no seguro de ve�culos se deve a v�rios fatores. Um deles � o aumento de acidentes, fato diretamente ligado � frota de ve�culos, que cresce a cada dia. Com mais carros nas ruas, maior a probabilidade de se envolver em acidente e, portanto, da seguradora ser acionada para pagar o conserto dos ve�culos envolvidos. Outro fator � a criminalidade: o �ndice de roubo e furto de ve�culos. Quanto maior o risco de se ter um carro roubado em determinada localidade, mais caro � o seguro.

A estrat�gia das seguradoras para manter o cliente � analisar caso a caso. �Algumas seguradoras, hoje, conseguem manter o mesmo pre�o do ano passado caso o segurado n�o tenha usado o seguro. Tamb�m procuram novos clientes oferecendo diferentes produtos e benef�cios dentro da ap�lice contratada�, ressalta Alvarez.

A disputa por clientes levou as seguradoras a manter os mesmos pre�os por um longo per�odo, explica. Foram cerca de quatro anos sem grandes altera��es nos valores das ap�lices. Por�m, agora, o segmento de seguros de ve�culos passa por uma recomposi��o de pre�os para evitar perdas financeiras que inviabilizem o neg�cio, afirma.

Alvarez comenta que levantamento de maio da Superintend�ncia de Seguros Privados (Susep) mostra que, de cada R$ 100,00 arrecadados com seguro, R$ 67,00 destinavam-se para cobertura de sinistros. No mesmo m�s de 2008, eram R$ 65,00. Ou seja, a margem de lucro das empresas caiu.

�O setor trabalha, historicamente, com 70% dos pr�mios direcionados a pagamento dos sinistros. Portanto, as seguradoras ainda n�o est�o recuperando a margem de lucro�, afirma, referindo-se ao reajuste.

Alvarez conta que, para conquistar clientes, algumas seguradoras acabam praticando um pre�o menor que a m�dia de outras que j� est�o no mercado. �For�ando, assim, algumas a manterem os pre�os para n�o perder a carteira de clientes. Os clientes � sempre, precisa, solicitar a opini�o de seu corretor de seguros�, sugere o representante regional do Sincor-SP.


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�Custo da viol�ncia� amea�a pre�o da ap�lice em Bauru

O pre�o de seguro de autom�veis em Campinas e em S�o Paulo � maior por conta da taxa de viol�ncia, principalmente furto e roubo de carros, que � mais alta que em cidades do Interior do Estado. Em Bauru, a viol�ncia ainda n�o � um item que impacta muito no pre�o do seguro, segundo Fernando Alvarez, diretor regional do Sincor.

Mas ele lembra que o crescimento no n�mero de furto e roubo de ve�culos na cidade, conseq�entemente, far� com que as seguradoras reavaliem suas tabelas de pre�os.

Alvarez defende que a contrata��o de servi�os seja feita com um profissional corretor. Ele entende que o cliente pode tirar vantagens com uma orienta��o que identifique seu perfil com as melhores coberturas e empresas seguradoras.




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