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18/08/09 03:00 - Cultura

Sucessos do Detonautas ganham nova roupagem

Karla Beraldo
Foi em clima de descontra��o e um �qu� de ansiedade que o grupo Detonautas Roque Clube recebeu a imprensa, durante sua passagem por Bauru, para falar sobre o primeiro trabalho ac�stico da banda. Os f�s da cidade, primeira a receber a nova turn�, puderam conferir, na �ltima sexta, todas as faixas do CD e DVD, que chega �s lojas nesta semana.

Mesmo aos 12 anos de carreira e quatro CDs, sempre de in�ditas, talvez o grupo ainda esperasse mais para lan�ar o ac�stico. O resultado deste novo trabalho �, segundo o vocalista Tico Santa Cruz, fruto de um desejo antigo dos f�s da banda. �Talvez se estiv�ssemos fazendo uma op��o por conta pr�pria, a gente adiasse um pouco. Mas, de qualquer forma, achamos que ele veio em uma boa hora�, afirma o m�sico.

Mesmo trazendo os principais sucessos da banda - 20 faixas comp�em o DVD no total -, o grupo fez quest�o de preparar vers�es bem diferentes das j� lan�adas. �� a primeira vez que fazemos esse formato e o disco resume a hist�ria da banda, com can��es com uma roupagem bem diferente das que a gente j� apresentou. Mesmo os singles da nossa carreira que j� haviam ganhado uma vers�o ac�stica, est�o com uma pegada diferente da lan�ada anteriormente�, avalia.

Al�m de hits como �Olhos Certos�, �O Dia Que N�o Terminou�, �Dia Comum�, �Quando o Sol Se For�, �Outro Lugar� e �O Retorno de Saturno�, m�sica-t�tulo do �lbum anterior e que abre o novo DVD, o trabalho traz as in�ditas �O Inferno S�o os Outros� e �S� N�s 2�. �A primeira, j� nas r�dios, � uma can��o inspirada na pe�a de Sartre �Entre Quatro Paredes�. J� �S� N�s 2� � uma can��o de amor que tem uma levada bem dan�ante, que remete bastante a uma influ�ncia de jovem guarda, mais anos 60�, resume.

�Esse ac�stico proporcionou podermos trabalhar mais o suingue da banda, levadas diferentes e, acima de tudo, acrescentar elementos de m�sica brasileira, que est�o mais presentes dentro do nosso trabalho atualmente�, completa.

O ac�stico conta ainda com o som do novo integrante Philippe, oficialmente na banda desde o final de 2008. �Ele j� estava com a gente h� um tempo. Mas em �Retorno de Saturno� (primeiro trabalho sem o guitarrista Rodrigo Netto) achamos que era um momento s� de n�s cinco, al�m de um desafio para mim como guitarrista�, comenta Renato Rocha. �As coisas foram evoluindo, n�s amadurecendo e o Philippe conquistando o espa�o dele. Al�m da necessidade que sent�amos de mais uma guitarra�, resume. O Detonautas � completado por F�bio Brasil, Tchello e Cleston.

Quanto a abertura da turn� em Bauru, Tico diz fazer parte, talvez, de um ciclo da banda. �O primeiro lugar que fizemos show na nossa carreira, fora do Rio de Janeiro, foi em Bauru, no Armaz�n Bar, em 1998. Talvez a raz�o para esse show nosso ter sido aqui � porque voc�s foram os primeiros a se interessar. Mas para n�s, isso tem um significado do ponto de vista de sinais que recebemos�, considera.


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M�sica e pol�tica

As quest�es pol�ticas e sociais sempre estiveram presentes no trabalho do Detonautas, mesmo antes da perda do guitarrista Rodrigo Netto, morto durante um assalto em junho de 2006. �Como artista temos esse lado de cidad�o que vale a pena ser compartilhado com os f�s, at� para que eles possam ter uma outra forma de enxergar o trabalho musical�, considera Tico.

�Mas vale lembrar que esse n�o � o mote da banda. Em conversas nossas e experi�ncias que tivemos na estrada, chegamos � conclus�o que podemos sim abordar, por meio da m�sica, essas quest�es. Mas a banda � formada por seis pessoas e tem que representar as id�ias dessas seis pessoas�, ressalva.

� no blog particular e twitter - onde est� entre os mais seguidos - que Tico expressa suas opini�es para o p�blico. �A Internet sempre foi a ferramenta principal de divulga��o do Detonautas. Eu gosto muito do twitter porque ele me d� uma facilidade de comunica��o com um grande n�mero de pessoas muito r�pido�, considera.

Sempre tecendo coment�rios cr�ticos, fruto de algumas pol�micas, Tico v� na ferramenta a possibilidade de dizer coisas que talvez n�o tivessem espa�o na grande m�dia. �Eu n�o preciso mais de intermedi�rios, embora eu reconhe�a o valor das r�dios, dos jornais, da m�dia em geral para chegar nas pessoas. Mas hoje eu consigo, por meio das minhas ferramentas particulares, tratar de assuntos que talvez fossem editados ou censurados em alguns meios de comunica��o, que n�o est�o t�o abertos a discuss�es sobre pol�tica, drogas ou outros assuntos que s�o pol�micos�, afirma.




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