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09/08/09 03:00 - Regional

Com�rcio pode sofrer duro golpe com desemprego

Rita de C�ssia Corn�lio
As previs�es para o com�rcio de Macatuba n�o s�o das melhores. A tend�ncia � aumentar a inadimpl�ncia e a fuga dos clientes. Com cerca de 100 estabelecimento comerciais a cidade atende basicamente o trabalhador rural, aquele que n�o tem ve�culo pr�prio para procurar os grande centros para as compras. Por�m, o presidente da Associa��o Comercial, Alberto Matiello Dias, otimista de carteirinha, acredita que depois de tantas crises, planos mirabolantes, o brasileiro est� apto a �tirar de letra� mais essa situa��o.

�Eu acho que os comerciantes v�o sobreviver. Para quem sempre sobreviveu com seis meses de safra e seis sem ela, vamos superar mais essa fase. O brasileiro por mais que a situa��o esteja dif�cil ele sempre acha uma sa�da. Isso � fundamental no povo brasileiro, a criatividade. Sei que vai complicar, mas vamos buscar outras coisas.�

Ele acha que se a situa��o fosse t�o cr�tica, comerciantes de outras regi�es n�o estariam investindo no com�rcio de Macatuba. �Uma rede de m�veis inaugurou recentemente uma loja e outra de Pederneiras est� chegando.�

Para driblar a crise, prevista para o final do ano e come�o do pr�ximo ano, a associa��o aposta nos treinamentos, tanto de funcion�rios como dos comerciantes. �Tem um projeto do Sebrae e da Federa��o do Com�rcio que tenta mudar algumas situa��es. Conseguimos juntar os comerciantes de vestu�rio e sapatos na promo��o de a��es que resultaram positivas. �Eles agregam comerciantes do mesmo grupo que podem agir conjuntamente, desde que esque�am que s�o concorrentes. � o projeto empreendedor.�

Esse setor, segundo o presidente, conseguiu realizar dois sald�es na cidade, um em setembro e outro em mar�o, e foi um sucesso. �A cidade se mobilizou. Veio gente de cidades vizinhas e eles conseguiram acabar com o estoque.�

Para Dias, o desemprego da popula��o trabalhadora � sin�nimo de dificuldades para os comerciantes das cidades de pequeno porte. �N�s n�o temos condi��es de facilitar em 24 vezes, por exemplo. O consumidor n�o leva em conta que o financiamento encarece o produto, mas o tamanho da presta��o que cabe no or�amento mensal da fam�lia. Vamos ter fuga de consumidor para os grandes centros, onde est�o os magazines�, acredita.

Outro preju�zo que poder� ser sentido pelos comerciantes � no item inadimpl�ncia. O consumidor vai priorizar a alimenta��o, farm�cia, vestu�rio e depois as outras lojas que vendem de tudo um pouco. A prioridade � a comida. Os grande magazines conseguem receber porque a �nica coisa que o trabalhador preserva � o nome. Se perder o cr�dito, n�o consegue mais comprar.�

Para ilustrar a situa��o, Dias usa o aqu�rio. �No aqu�rio h� v�rios tamanhos de peixes. Na hora que a gente joga a comida, quem come primeiro? Os grandes. � assim no com�rcio. O consumidor vai receber o sal�rio e priorizar os pagamentos. Como nem todos os comerciantes da cidade t�m cadastro dos clientes, alguns podem sofrer grandes perdas.� No rol daqueles que podem perder ou demorar a receber, o presidente da associa��o inclui o com�rcio que ainda n�o se adequou e vende na confian�a, marcando em cadernetas e fichas. �H� padarias, a�ougue e quitandas que ainda n�o fazem cadastro e nem consultam Servi�o de Prote��o ao Cr�dito (SPC).� Na opini�o de Dias, o brasileiro est� endividado e boa parte comprometida com pagamento de �gua, luz, alimenta��o, aluguel etc.�


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Demiss�es s�o mais de 100 a cada duas semana

As demiss�es no Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Macatuba tem sido uma constante. O presidente da entidade, Luiz Carlos de Souza, prev� que at� o final do ano mais de mil trabalhadores v�o perder seus postos de trabalho na cana. �Estamos com uma m�dia de 100 demiss�es a cada duas semanas. Nesta foram 112.� Souza acha que a cidade n�o est� preparada para resolver rapidamente essa quest�o. Os demitidos s�o trabalhadores com pouca instru��o e n�o sabem fazer outro servi�o. Para o advogado do Sindicato dos Trabalhadores nas Ind�strias do A��car de Macatuba, Benedito Mur�a Pires Neto, os governos deveriam esudar a situa��o. �Como aconteceu no Jap�o, ap�s a II Guerra Mundial, para minimizar os efeitos da mecaniza��o. O planejamento que de fato e de direito assistimos � diferente da realidade. Meia d�zia de pessoas falam pelos trabalhadores, mas n�o conhecem a realidade, s� os sindicatos t�m o contato direto com o trabalhador e sabem a real situa��o.�




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