O historiador, professor, pesquisador e jornalista ingl�s Simon Schama abriu o �ltimo dia das mesas de discuss�es da Flip (Festa Liter�ria Internacional de Paraty), ontem, e dividiu a conversa com a tamb�m historiadora Lilia Moritz Schwarcz. Ao se dirigir ao p�blico pela primeira vez, disse �como era maravilhoso estar no Brasil�. Schama falou sobre seu mais recente livro �O Futuro da Am�rica� (Cia. Das Letras) e transcorreu sobre quatro temas: guerra, religi�o, ra�a e tradi��o.
Em seu discurso, Barack Obama esteve presente o tempo todo, como exemplo de ret�rica e de um homem que entende exatamente como funciona o poder da palavra -e foi comparado a seu antecessor, George W. Bush, que usava como �exposi��o� de seus atos justamente o sil�ncio e a omiss�o. Schama mostrou ao p�blico uma mistura de jornalismo com pesquisa acad�mica e an�lise hist�rica. Falou de muitos presidentes dos EUA, mas sempre que p�de citou Obama, defendendo-o de forma apaixonada -e chegou a classific�-lo como um �animal da palavra�.
�A verdade � maravilhosa e vai reger todo o resto se for dada � ela a possibilidade de fazer isso�, disse, lembrando que todo americano deveria recitar todos os dias o estatuto da toler�ncia.
Disse que a elei��o de Obama, como o presidente negro dos EUA, � importante porque mostra que os americanos conseguiram ver atrav�s da cor da pele dele. �A elei��o de Obama foi a grande reden��o para a promessa da igualdade americana.�
Questionado pela mediadora sobre a forma como escreveu seu livro �O Futuro da Am�rica�, que vai do presente ao passado, como se assistido pelas personagens citadas na obra, ele disse n�o acreditar na exist�ncia da separa��o de tempos. �A divis�o entre presente e passado � ilus�ria. O que acabamos de falar aqui j� � hist�ria.� |