Bras�lia - Conseq��ncia da crise econ�mica, a queda da arrecada��o federal de impostos no m�s passado superou as expectativas do governo e provocar� novas discuss�es internas sobre cortes nos gastos p�blicos programados para este ano.
Segundo o ministro Paulo Bernardo (Planejamento), a receita tribut�ria de maio, de R$ 49,8 bilh�es conforme dados divulgados ontem, ficou R$ 3 bilh�es abaixo do previsto na revis�o de estimativas or�ament�rias feita logo ap�s o segundo bimestre - valor semelhante a, por exemplo, toda a verba reservada ao Senado Federal at� dezembro.
O rev�s foi inesperado porque, naquela revis�o, a estimativa para a arrecada��o total de 2009 j� havia sido reduzida em R$ 60 bilh�es, ou um Minist�rio da Sa�de inteiro. Contava-se, a partir da�, com uma recupera��o gradual da economia e da receita. �Trabalhamos com esse cen�rio em maio, e n�o deu certo�, disse Bernardo.
Reduziu-se a margem para a concess�o de novos benef�cios fiscais destinados a estimular a economia, e voltou a preocupa��o com o aumento das despesas, tida como superada depois da decis�o de abrandar as metas da pol�tica fiscal.
Questionado se podem ser afetados os reajustes salariais do funcionalismo prometidos para o segundo semestre, o ministro foi lac�nico: �Tudo est� em an�lise�. O tema � politicamente delicado, uma vez que os sindicatos dos servidores est�o entre as principais bases pol�ticas do PT.
Paulo Bernardo e Guido Mantega (Fazenda) se reunir�o nos pr�ximos dias com o presidente Luiz In�cio Lula da Silva para uma reavalia��o dos resultados das contas p�blicas.
� primeira vista, a perda de maio n�o parece dif�cil de compensar em um Or�amento que chega � casa dos R$ 600 bilh�es, j� descontada a parcela da receita repassada obrigatoriamente aos Estados e munic�pios. Mais de 80% desse total, por�m, � composto de despesas que n�o podem ser reduzidas, como sal�rios, aposentadorias, benef�cios assistenciais e seguro-desemprego. |
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