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23/05/09 03:00 - Internacional

Venezuela compra Santander por US$ 1 bi

Desse valor, 60% ser�o pagos no momento da assinatura da escritura de compra e venda, no pr�ximo dia 3 de julho

Caracas - O governo da Venezuela pagar� US$ 1,050 bilh�o (cerca de R$ 2,12 bilh�es) ao grupo espanhol Santander pela sua filial no pa�s, o Banco da Venezuela, nacionalizado em 2008. A negocia��o foi divulgada por Ram�n Carriz�lez, vice do presidente Hugo Ch�vez, ontem.

O valor corresponde a todas as a��es do grupo Santander no Banco da Venezuela, que correspondem a 96% do capital, desde 1996. A venda era negociada desde julho do ano passado, mas havia um impasse sobre o pre�o a ser pago. Ch�vez afirmou, em mar�o passado, que o valor do banco havia ca�do por causa da crise econ�mica mundial.

De acordo com Carriz�lez, 60% do valor ser� pago no momento da assinatura da escritura de compra e venda, no pr�ximo dia 3 de julho, e o restante ser� entregue ao Santander em duas cotas iguais de pagamento com vencimento em outubro e dezembro pr�ximos.

O vice venezuelano assegurou que a compra vai garantir emprego de todos os funcion�rios da institui��o e as contas correntes de todos os atuais clientes do Banco da Venezuela. �Em nenhum dos processos de nacionaliza��o os trabalhadores foram afetados, pelo contr�rio. Este governo tende a fortalecer a classe trabalhadora�, afirmou.

Para o vice, a compra est� �dentro da estrat�gia de desenvolvimento nacional do pa�s� e pretende �fortalecer o setor financeiro p�blico�.

Com a nacionaliza��o do Banco da Venezuela, o terceiro mais do pa�s, o governo de Ch�vez passa a ser a parte mais poderosa do sistema financeiro do pa�s, controlando de 12% a 13% do setor e cerca de 25% de sua renda. O Banco da Venezuela representa menos de 2% dos neg�cios do Grupo Santander, instalado em toda a Am�rica Latina. O Santander adquiriu o banco venezuelano em 1996, em um leil�o p�blico, por US$ 351,5 milh�es (mais de R$ 712 milh�es). O governo venezuelano iniciou em 2007 uma pol�tica de nacionaliza��o de empresas de �reas estrat�gicas, como petroleiras, de telecomunica��es e de energia. Em 2007, o projeto chegou �s empresas de siderurgia, cimento e banc�rias.




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