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08/05/09 03:00 - Geral

Mesmo com ronda, pelo menos uma escola � invadida por semana

Luciana La Fortezza
S� neste ano, 21 escolas municipais de Bauru foram alvo de vandalismo ou furto. O n�mero demonstra que, a cada semana, em m�dia, pelo menos uma das 76 escolas enfrenta o problema. Embora a administra��o municipal n�o disponha de levantamento referente aos preju�zos materiais, numa ocorr�ncia recente, registrada no N�cleo Jos� Regino, ladr�es fugiram com, no m�nimo, R$ 700,00 em materiais eletr�nicos, de acordo com c�lculos do JC.

Levaram ainda R$ 1 mil em esp�cie (al�m das tr�s CPUs, um gravador de DVD e um monitor) da Escola Municipal de Educa��o Infantil (Emei) Lourdes de Oliveira Colnaghi, onde o furto n�o foi in�dito.

Por conta dos delitos, o andamento do trabalho desenvolvido nas escolas � afetado, informa a assessoria de imprensa da Prefeitura de Bauru. De acordo com o �rg�o de comunica��o, h� perda de dados e interrup��o de trabalhos pedag�gicos. A dificuldade foi confirmada por professores que preferiram n�o comentar o caso. Sofrem mais os que trabalham em bairros perif�ricos, onde as ocorr�ncias s�o mais comuns.

Na Emei Magdalena Pereira da Silva Martha, no N�cleo Mary Dota, no final do m�s passado, quebraram vidros da janela da cozinha para roubar um molho de chaves. Pelo local, levaram at� uma bandeja com copos, conforme o JC j� divulgou. Segundo vizinhos da escola, as ocorr�ncias devem ser atribu�das a moradores pr�ximos, que aproveitam a falta de ilumina��o do bairro para agir. Nas imedia��es, at� roubos � m�o armada s�o creditados a membros da comunidade.

O problema � id�ntico no N�cleo Jos� Regino, onde pelo menos a ilumina��o fica ilesa de cr�ticas. Vizinhos at� apontam trechos na cal�ada da Emei onde usu�rios de droga se reuniriam para consumi-la.

Envolvimento

Mas em bairros onde as comunidades est�o mais comprometidas com as a��es da escola, o n�mero de casos de vandalismo e furtos apresentou diminui��o, informa por nota a assessoria de imprensa da prefeitura. No entanto, o �rg�o informa n�o contar com levantamento referente �s ocorr�ncias de 2008. A import�ncia do envolvimento com a comunidade tamb�m foi ressaltada pela secret�ria municipal de Educa��o, Maria Jos� Maj� Jandreice. De acordo com ela, a incid�ncia de casos de furto e vandalismo � uma quest�o grave e preocupante, embora n�o possa ser avaliada de modo desvinculado do resto da cidade, onde o problema tamb�m est� presente.

Para amenizar a situa��o, ela informa que a pasta tenta estimular o envolvimento da comunidade com a escola ao abri-la para atividades coletivas. Preocupados com eventuais repres�lias, os moradores ouvidos pela reportagem pediram para ter o nome preservado.


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Sistema de monitoramento � estudado

A administra��o municipal estuda a instala��o de sistemas de monitoramento eletr�nico nas escolas municipais. �Estamos verificando quais os modelos mais adequados porque s�o sistemas caros�, informa a titular da Secretaria Municipal de Educa��o, Maria Jos� Maj� Jandreice. De acordo com ela, a implementa��o ainda depende de autoriza��o do prefeito Rodrigo Agostinho. Com o sinal verde do chefe do Executivo e a defini��o do modelo, restar� ainda o processo de licita��o. Maj� tamb�m admite que a equipe de vigil�ncia da prefeitura est� em n�mero aqu�m do necess�rio.

A contrata��o de novos profissionais � outra hip�tese em estudo como poss�vel solu��o para o problema, acrescenta a assessoria de imprensa da prefeitura. A secret�ria ainda informa que, desde o ano passado, os vigias fazem ronda pelos pr�dios p�blicos para evitar a ocorr�ncia de furtos e vandalismo.

O trabalho foi intensificado neste ano, segundo a asssoria de imprensa. Mas, al�m das 21 escolas municipais furtadas ou vandalizadas neste ano, outros cinco pr�dios p�blicos da prefeitura tamb�m constaram em boletim de ocorr�ncia por conta do mesmo problema. Por�m, de acordo com estimativas do respons�vel pelo setor, houve diminui��o na incid�ncia em 19%, considerando o mesmo per�odo do ano passado.

Especificamente nas escolas, as ocorr�ncias s�o mais freq�entes durante as f�rias. Por essa raz�o, o setor de vigil�ncia informa que refez a grade de previs�o de f�rias dos vigias dos meses de janeiro, fevereiro e julho para que haja maior n�mero de profissionais em atividade nessa �poca.

Al�m desses profissionais, a prefeitura tamb�m n�o disp�e de caseiros. Na Emei Lourdes de Oliveira Colnaghi, por exemplo, tem uma casa para o funcion�rio. Mas os im�veis dessa natureza se transformaram num problema para a administra��o municipal. Muito pequenas, n�o s�o capazes de acolher uma fam�lia com um �nico filho. Segundo Maj�, por conta da dificuldade, servidores de outras �reas aproveitavam para habit�-la.

Mas como trabalhavam durante o dia todo em outra atividade, n�o exerciam a fun��o de caseiros ou zeladores, que nem consta no quadro de funcion�rios da prefeitura. �Ainda tem que criar�, conclui a secret�ria.




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