Washington - Os bancos centrais do G-20 detectaram que a infla��o come�a a ceder em regi�es onde antes mostrava resist�ncia, afirmou o presidente do Banco Central do Brasil, Henrique Meirelles, que anteontem esteve reunido com os outros banqueiros centrais no Federal Reserve, em Washington. De acordo com Meirelles, este processo � �n�tido em v�rios pa�ses da Am�rica Latina�. De acordo com Meirelles, que falou ontem na sede do Fundo Monet�rio Nacional (FMI), os banqueiros centrais constataram a exist�ncia de um �fen�meno� que pode ser favor�vel para os pr�prios BCs: diante da continua��o do �processo de queda de atividade, n�s estamos vendo que em muitas economias que mostravam resist�ncia, a infla��o come�a a ceder - o que certamente � um sinal positivo para todos os Bancos Centrais do mundo, na medida em que isto j� � uma fase nova do processo�, afirmou.
O presidente n�o quis afirmar se era o caso do Brasil, por conta da proximidade da reuni�o do Copom, que acontece na pr�xima semana (28 e 29). Mas afirmou que o processo detectado pelos BCs do G-20 �� n�tido em v�rios pa�ses da Am�rica Latina�.
Excesso de otimismo
Meirelles, voltou a advertir ontem para o excesso de otimismo. Segundo ele, ainda n�o h� sinais suficientes de retomada da economia brasileira, apesar dos indicadores positivos de alguns setores. �Devemos esperar mais sinais para falar em recupera��o. � cedo para declarar que o trabalho est� pronto.� O Brasil, segundo ele, dever� voltar ao crescimento antes de v�rias outros pa�ses, porque sua economia est� resistente e medidas est�o sendo tomadas para estimular a atividade. Mas n�o se arriscou a dizer se a Am�rica Latina, incl�ido o Brasil, j� est� batendo no fundo, como havia dito na v�spera o diretor do Departamento do Hemisf�rio Ocidental do FMI, o ex-ministro chileno Nicol�s Eyzaguirre. Meirelles preferiu n�o fazer afirma��es gerais sobre a regi�o e, quanto ao Pa�s, lembrou o perigo dos surtos ciclot�micos de otimismo e de pessimismo.
� cada vez mais clara, segundo ele, a import�ncia do G-20 na formula��o de pol�ticas . Decis�es de import�ncia sist�mica, acrescentou, n�o podem mais ser tomadas no f�rum restrito, como o G-7 (Estados Unidos, Jap�o, Canad�, Alemanha, Reino Unido, Fran�a e It�lia). |