A Delegacia da Mulher (DDM) abriu ontem um inqu�rito para apurar se houve ou n�o omiss�o de socorro ou n�o na morte de Leile Ximenez Figueiredo, de 63 anos, no Pronto-Socorro Municipal de Bauru no dia 14 de mar�o. A partir de agora, ser�o ouvidas testemunhas, o m�dico, a assistente social e a enfermeira que assinaram o prontu�rio da paciente. O primeiro prazo para o t�rmino do inqu�rito � de 30 dias.
Luciana Claro Rodrigues, delegada assistente da DDM, explica o que pode acontecer caso sejam encontradas irregularidades no atendimento. �Se houver culpados, eles ser�o indiciados por omiss�o de socorro com o agravante da morte da paciente�, afirma. A pena para este tipo de crime pode variar entre tr�s meses e um ano e meio, o c�lculo � feito pelo juiz.
O advogado da fam�lia de Leile, Edson Roberto Reis, diz que pretende agir em tr�s frentes. O inqu�rito aberto na DDM poder� culminar em uma a��o penal no Minist�rio P�blico, na qual o advogado atuar� como assistente. Tamb�m ser� feita uma den�ncia no Conselho Regional de Medicina (CRM) para averiguar o caso e pedir puni��o aos profissionais respons�veis. Por fim, ser� movida uma a��o indenizat�ria contra a Uni�o na Justi�a Federal por omiss�o de socorro.
�Ainda n�o formalizamos as den�ncias. O bem maior, que era a vida de Leile, j� se foi. Estas medidas que vamos tomar s�o demoradas. Ainda estamos recolhendo provas para responsabilizar os autores da omiss�o. Podemos at� pensar em homic�dio culposo�, exp�e Reis.
Leile Ximenez Figueiredo deu entrada na emerg�ncia do Pronto-Socorro Municipal �s 16h50 do dia 13 de mar�o com insufici�ncia respirat�ria. A paciente foi encaminhada para uma sala de pr�-consulta onde recebeu oxig�nio e depois foi removida para uma maca no corredor do PS para aguardar a interna��o. Ap�s 12 horas esperando o leito, Leile come�ou a passar mal, foi levada para a Unidade de Terapia Intensiva, mas acabou morrendo �s 5h15 do dia seguinte. |