Tel-Aviv - A maioria do Partido Trabalhista israelense, de centro-esquerda, votou a favor da participa��o no governo do Binyamin Netanyahu, em uma sess�o extraordin�ria organizada ontem. Em uma vota��o apertada, 57% dos delegados aprovaram o acordo de coaliz�o fechado entre o l�der trabalhista Ehud Barak, atual ministro da Defesa no governo do centrista Kadima, e o futuro primeiro-ministro, do direitista Likud.
A decis�o pode ajudar o futuro governo a evitar atritos com os Estados Unidos. O acordo de coliga��o acertado com Barak prev� que a futura administra��o israelense deve respeitar todos os acordos internacionais, disse um negociador do Partido Trabalhista - uma f�rmula que inclui acordos com vistas � cria��o de um Estado palestino, solu��o que n�o recebeu o apoio de Netanyahu durante a campanha.
O acordo, negociado entre os dois l�deres partid�rios e conclu�do ontem, d� ao governo de Netanyahu ampla maioria no parlamento israelense, j� que o Likud conta tamb�m com o apoio de outros partidos religiosos de direita e o ultradireitista laico Yisrael Beitenu.
A vota��o refletiu o momento de divis�o interna dos trabalhistas, j� que 680 delegados votaram pela coaliz�o, enquanto 507 foram contra.
�O Comit� Central decidiu, e o fez de forma muito clara�, disse Eitan Cabel, um alto dirigente do partido. �N�s faremos tudo para seguirmos unidos.�
Barak, um dos arquitetos da recente ofensiva de Israel contra Gaza, deve manter o seu cargo � frente da Defesa, ap�s uma defesa emocionada da coaliz�o.
�N�o tenho medo de Bibi Netanyahu�, disse Barak com a voz embargada, utilizando o apelido do seu novo parceiro, durante o debate interno em que disse que sua presen�a n�o vai ser apenas um adorno para esconder pol�ticas direitista. �N�s vamos ser um contrapeso que ir� garantir que n�o tenhamos um governo de direita radical�.
Netanyahu esquivou-se de declarar o apoio � solu��o de dois Estados - um judeu e um palestino-, proposta que est� no centro da pol�tica americana para a paz na regi�o. |