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11/03/09 03:00 - Nacional

Taxa Selic cai para 11,25%

Eduardo Cucolo/ Folhapress
Bras�lia - Com o agravamento da crise econ�mica, o Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom) do Banco Central decidiu ontem acelerar a queda dos juros e reduziu a taxa b�sica em 1,5 ponto percentual, cortando a Selic de 12,75% ao ano para 11,25% ao ano.

Trata-se do segundo corte de juros desde a piora na crise econ�mica ocorrida a partir de setembro. Em janeiro, o Copom reduziu a Selic de 13,75% para 12,75%. Agora, os diretores do BC s� voltam a se reunir nos dias 28 e 29 de abril.

O corte de ontem nos juros � o maior desde novembro de 2003, quando a taxa caiu de 19% para 17,50% ao ano. Com essa nova redu��o, a Selic voltou ao n�vel em que estava em mar�o de 2008, a menor da hist�ria.

Apesar do corte de ontem, o Brasil continua com uma das maiores taxas de juros do mundo. Em termos nominais, ficam � frente da taxa Selic os juros na Venezuela (17,06%), R�ssia (13%), Turquia (11,50%) e Argentina (11,38%). Em rela��o aos juros reais (descontada a infla��o), o Brasil continua com a maior taxa, de 6,51% ao ano.

A decis�o do BC foi influenciada, principalmente, pelos dados sobre a desacelera��o da economia e pela queda da infla��o registrada nos �ltimos meses.

O mercado financeiro, que at� a semana passada previa um corte de 1 ponto percentual, j� apostava em uma redu��o maior, de at� 1,5 ponto. Os dados que mudaram as apostas para o Copom foram a queda na produ��o industrial de janeiro e a retra��o de 3,6% do Produto Interno Bruto (PIB), a soma das riquezas produzidas no pa�s, no �ltimo trimestre de 2008.

A queda no PIB levou o ministro Guido Mantega (Fazenda) a abandonar a meta de crescer 4% neste ano. A equipe do Minist�rio da Fazenda j� admite internamente que o crescimento do Brasil neste ano dever� ficar entre 2,5% e 2%. Ontem, o presidente Luiz In�cio Lula da Silva tamb�m cobrou do BC uma queda mais r�pida dos juros para reativar a economia.

De acordo com a pesquisa Focus, realizada pelo BC com o mercado financeiro, os economistas esperam agora uma sequ�ncia de novos cortes nos juros: para 11% em abril, 10,50% em junho e 10,25% em julho. Depois disso, a taxa s� voltaria a cair em 2010, para 10% ao ano.


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Bancos v�o na esteira da redu��o

Logo ap�s a decis�o do Copom, o Banco do Brasil informou que reduzir� os juros cobrados nas linhas de cr�dito destinadas �s pessoas f�sicas e jur�dicas. Em rela��o �s empresas, a institui��o anunciou que as taxas m�nimas do cheque especial passaram de 5,23% ao m�s para 5,11%. As m�ximas foram reduzidas de 7,81% para 7,69% ao m�s.

Nas linhas de cr�dito destinadas �s pessoas f�sicas, foram reduzidas as taxas de cheque especial, de 7,91% para 7,85% ao m�s, e de cart�o de cr�dito, de 3,97% a 4,31% para 3,93% a 4,29% ao m�s.

O Unibanco tamb�m comunicou a redu��o de suas taxas m�ximas de juros cobradas no cr�dito pessoal parcelado e no cheque especial da pessoa f�sica em 0,12 ponto percentual nas taxas mensais. A redu��o tamb�m ir� ocorrer nas taxas m�ximas cobradas no cheque especial. As novas taxas entram em vigor na pr�xima segunda-feira.

O Ita� anunciou redu��o das taxas m�ximas de produtos para pessoas f�sica e jur�dica. As taxas m�ximas do credi�rio autom�tico para a pessoa f�sica e a jur�dica foram reduzidas de 7,01% ao m�s para 6,89% ao m�s.

O Bradesco ir� reduzir as taxas de juros a partir de hoje. Para as pessoas f�sicas, a taxa m�nima do cheque especial ir� cair de 4,78% ao m�s para 4,70% e a m�xima, de 8,56% para 8,44% ao m�s. No cr�dito pessoa f�sica, a m�nima ser� de 3,26% ao m�s e a m�xima de 5,81%, redu��es de, respectivamente, 0,05 ponto e 0,1 ponto percentual.




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