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08/03/09 03:00 - Geral

Entrevista da semana: Fabiane Berto

Uma das principais apresentadoras da TV no Interior paulista abre sua vida pessoal e profissional ao JC no Dia Internacional da Mulher

Ana Paula Pessoto
�Conciliar vida profissional e pessoal me faz feliz�

Com rosto delicado e gestos meigos, mas com palavras firmes, a jornalista Fabiane Berto � uma mulher determinada que vem conquistando espa�o na TV do Interior de S�o Paulo. Atualmente apresentadora do programa �Tudo a Ver�, da Record Paulista, que � produzido em Bauru, ela esbanja simpatia e carisma e mostra a evolu��o de uma profissional que come�ou como professora de etiqueta, ingressou no jornalismo na cobertura esportiva, j� na TV, passou pelo jornalismo hard e agora se desenvolve no misto de not�cia e entretenimento.

Dedicada � fam�lia, Fabiane n�o mede sacrif�cios em nome do amor e deixa claro que a emo��o � tudo na sua vida. Com do�ura e beleza de menina, Fabiane Berto est� sempre pronta para agarrar as oportunidades e n�o tem medo de novos desafios. Costuma frisar que, na sua vida pessoal, enfrenta problemas e emo��es como qualquer outra mulher, mas quando estar no ar, se dedica de corpo e alma ao programa e seus telespectadores. Confira os principais trechos da entrevista concedida por Fabiane Berto ao Jornal da Cidade.


JC � Como o jornalismo surgiu na sua vida?
Fabiane
� Costumo dizer que o jornalismo foi, no in�cio, um acaso na minha vida. Eu era formada em ci�ncias cont�beis e dava aulas de boas maneiras, etiqueta e comportamento no Senac, em Catanduva. Cada turma que encerrava o curso organizava uma formatura e, em um desses eventos, a TV local de Catanduva foi fazer uma mat�ria sobre o tema �etiqueta e boas maneiras� e me entrevistou para falar sobre o assunto. Ao ver minha imagem na TV, o diretor me fez uma proposta e eu decidi aceitar o desafio. Assim, o jornalismo come�ou a entrar e a fazer parte da minha vida.


JC � Qual era proposta?
Fabiane
� Na �poca, essa TV era �TV Opini�o�, retransmitida pela TVE Brasil, do Rio de Janeiro. O diretor me ofereceu a chance de fazer um programa por dois anos destinado ao p�blico jovem. Isso aconteceu quando eu tinha 24 anos, aproximadamente. Durante esse trabalho eu percebi que estava evoluindo bem na �rea de comunica��o e decidi fazer a faculdade de jornalismo em S�o Jos� do Rio Preto para me aperfei�oar academicamente.


JC � Como surgiu o trabalho na Rede Bandeirantes?
Fabiane
� Quando eu estava no segundo ano da faculdade de jornalismo, fui chamada na Band Prudente para falar sobre o Carnaval de rua de Catanduva, que sempre foi uma refer�ncia no calend�rio tur�stico do Estado de S�o Paulo e, naquele ano, ia ter muitos artistas e celebridades fazendo parte do evento. O ent�o diretor da Band Prudente, Aguinaldo De Fiori Filho, mandou me chamar assim que terminei a entrevista e perguntou se eu tinha o interesse de fazer um programa de esporte de cinco minutos, no hor�rio local. Nem pensei muito: aceitei o convite e transferi minha faculdade para Presidente Prudente, onde conclui o curso.


JC � Voc� j� acompanhava esportes?
Fabiane
� Nossa, isso foi um desafio. Nunca havia feito nada sobre esportes e n�o sabia nada sobre o assunto. Mas vi naquele convite uma oportunidade �nica de trabalho em uma TV aberta de grande evid�ncia regional. Em 15 dias estava de malas prontas para Presidente Prudente. Fui trabalhar na Band sem conhecer as pessoas e dominar assuntos esportivos. J� na emissora, passei a fazer reportagens de rua por um ano e depois ancorei o antigo �Band Cidade�, na �poca o principal telejornal da Band Prudente.


JC � Voc� trabalhou como jornalista por quanto tempo na Band?
Fabiane
- Fiquei tr�s anos no jornalismo da emissora. Fazia reportagens das mais variadas, como den�ncias, �perfumarias�, buracos de rua, pol�cia, esportes e apresentava o Band Cidade. Depois desse tempo, o diretor teve a id�ia de lan�ar na grade um novo programa, o �Super �til�.


JC � Qual era a proposta do �Super �til� ?
Fabiane
� O formato n�o mudou muito. Ele � um programa de variedades, ao vivo e di�rio, com informa��o e entretenimento. Apresentei o programa por mais de sete anos, mas quando fui convidada para fazer o programa, eu n�o fiquei muito contente porque n�o queria sair do jornalismo. Pensei que seria injusto ter feito a faculdade e passar a trabalhar em um programa cuja proposta � mais voltada ao entretenimento do que � informa��o.


JC- Como foi apresentar o programa?
Fabiane
� O diretor disse que eu tinha o perfil desejado para a apresenta��o porque eu conseguia unir entretenimento e informa��o. N�o tendo outra alternativa, aceitei. Houve algumas dificuldades de adapta��o com o novo trabalho, por�m, para minha surpresa, superei r�pido as dificuldades e tivemos um retorno r�pido dos anunciantes e do p�blico. Em pouco tempo gostei e me identifiquei com esse perfil da �rea da comunica��o.


JC � Voc� passou pela experi�ncia do jornalismo e do entretenimento. Qual das duas vertentes te satisfaz como profissional?
Fabiane
� O jornalismo possui mais adrenalina e ousadia. � outra experi�ncia. Apesar do programa de est�dio ser ao vivo e isso apresentar uma certa tens�o, voc� tem mais recursos e pessoas para te amparar. Hoje, eu creio que n�o voltaria a ser uma rep�rter de rua ou uma apresentadora de bancada porque as pessoas j� n�o me v�em assim. Al�m disso, eu n�o me imagino longe do p�blico que cativei ao longo desses anos com os programas de variedades.


JC � Como � o retorno do p�blico?
Fabiane
� Maravilhoso. As pessoas que acompanham meu trabalho s�o cr�ticas, carinhosas, sugestivas e extremamente aut�nticas. Me param na rua para sugerir pautas e comentar programas. Eu tenho intimidade com meu p�blico. Por exemplo: quando alguma coisa sai do roteiro, eu brinco e falo para eles, tenho liberdade para isso. Acredito que falo a linguagem que o telespectador quer ouvir. Nos sete anos que trabalhei no Super �til, aprendi a dominar e a aplicar a linguagem direta com o telespectador. Isso porque o programa � bastante interativo e din�mico. Sou m�e, dona de casa e tenho problemas �ntimos como qualquer pessoa, mas quando estou no ar eu me desligo de tudo e sou a Fabiane que nasceu para o programa.


JC � Como foi sua sa�da da Band?
Fabiane
� Foi �nica e exclusivamente por motivos pessoais. Depois que me separei do pai de Valentina (minha filha), ficou invi�vel continuar morando em Presidente Prudente. N�o dava mais para conciliar a vida profissional com a pessoal, naquele momento e, sair de Prudente, foi a melhor op��o. Precisei deixar a emissora porque a estrutura e a log�stica do programa estava l�. Fui convidada a trabalhar no canal rural da Band, o �Terra Viva�, mas uma mudan�a para a capital do Estado n�o estava em meus planos.


JC � Voc� j� tinha outras propostas de emprego?
Fabiane
� N�o. Eu me desliguei da Band e pensei em ficar um tempo cuidando de mim e da minha filha e, claro, procurar outro emprego depois de um certo tempo. Se fosse preciso eu voltaria para as reportagens de rua. Infelizmente n�o pude continuar na Band, uma empresa onde s� me aconteceram coisas boas, por�m, dois meses ap�s meu desligamento, a Record descobriu que eu havia me mudado para Botucatu e me fez uma proposta de emprego na Record Bauru.


JC � Como est� sendo seu projeto atual na Record Bauru?
Fabiane
� Comecei em maio de 2007 com o programa �Visita na Record�, cujo perfil � mais seletivo, um espa�o para a voz de autoridades e pol�ticos de Bauru e regi�o. Em novembro de 2008 veio o maior de todos os presentes, o programa �Tudo a Ver�, que � o meu trabalho atual. O programa abrange uma grande parte do Interior paulista, chegando at� Sorocaba.


JC � Seu p�blico � fiel?
Fabiane
� Muito! Essa � minha maior certeza. No per�odo em que estive ausente da TV, as pessoas ligavam na Band perguntando o que havia acontecido e, quando fui para a Record, senti que o p�blico veio junto pelo carinho e pela lealdade que mantivemos durante todos esses anos.


JC � Como conciliar trabalho e fam�lia, vivendo em Botucatu e trabalhando em Bauru?
Fabiane
� Consigo gra�as � Record, que me possibilita hor�rios flex�veis. Venho para Bauru de manh�, ajudo a preparar e apresento o programa. Assim que a edi��o acaba, nos reunimos para preparar a pr�xima. Depois do trabalho volto a Botucatu e ainda consigo pegar minha filha na sa�da do col�gio. Continuei em Botucatu para n�o sacrific�-la com outra mudan�a brusca de cidade.


JC � Voc� disse que seu relacionamento com o pai de Valentina n�o deu certo. Como est� o cora��o hoje?
Fabiane
� Encontrei um novo amor e vou me casar novamente em maio. Acredito que as coisas que n�o d�o certo, por qualquer motivo, n�o devem servir de exemplo para a gente desistir. Ningu�m se casa pensando em separa��o. Infelizmente meu casamento n�o deu certo, mas eu estou apostando muito nessa minha nova rela��o e estou muito feliz ao lado do meu futuro marido, que � uma pessoa maravilhosa e encantadora.


JC � Quais s�o seus planos futuros?
Fabiane
� Me casar em maio est� nos planos pessoais. J� na carreira, estou muito feliz com a Record e com meu trabalho levado e reconhecido em todo o Estado de S�o Paulo. Acredito que, futuramente, possam surgir �timas propostas em �mbito nacional. Creio que a vida me leva a buscar novos desafios, tudo foi se encaixando, as propostas foram aparecendo sem que eu corresse atr�s delas. N�o sei se foram as circunst�ncias ou o destino que me trouxeram at� aqui, mas eu arrisquei, agarrei as oportunidades e, gra�as a Deus, deu tudo certo.


JC � Hoje � o Dia Internacional da Mulher. Como voc� v� o crescimento profissional feminino ao longo dessas d�cadas de luta por igualdade?
Fabiane
- Acho que o hoje a mulher n�o tem medo de enfrentar os desafios do mundo profissional. Apesar de termos que enfrentar as desigualdades salariais e os preconceitos que ainda existem, estamos nos destacando nas mais diversas �reas profissionais.


JC � Voc� acha que as mulheres est�o sacrificando o lado pessoal pelo profissional?
Fabiane
� Considero cada mulher um universo distinto e �nico. Acho que algumas s�o capazes de serem felizes abrindo m�o de filhos e marido para se tornarem profissionais de sucesso. Mas eu n�o sou um exemplo disso. Sempre vou querer conciliar vida profissional com a pessoal. Se fosse obrigada a escolher, seria capaz de deixar a carreira para cuidar da minha fam�lia. Sou totalmente emo��o.


JC � Que conselho voc� d� �s mulheres que sofrem algum tipo de agress�o ou preconceito?
Fabiane
� Sou defensora da mulher que sofre qualquer tipo de viol�ncia, seja emocional, profissional ou f�sico. Sou ativista da Lei Maria da Penha, acho que a mulher n�o deve ter medo de nada e de ningu�m. A den�ncia precisar ser feita j� na primeira agress�o sofrida, buscando sua defesa e deixando de lado a fragilidade f�sica, psicol�gica e emocional.


JC � Gostaria de deixar uma mensagem para o Dia Internacional da Mulher?
Fabiane
� Meu desejo � que as mulheres continuem sendo guerreiras profissionais e dedicadas � fam�lia. Nunca deixem de acreditar no amor, pois � ele que move a vida. A coragem suprema de enfrentar os problemas e os desafios � o que mais admiro na mulher moderna.




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