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17/02/09 02:00 - Tribuna do Leitor

Perfeito cavalheiro

Se falassem de mim para Jurandyr Bueno Filho, por certo, ele diria n�o me conhecer. Eu, por�m, guardo dele uma delicada lembran�a do tempo em que escrevia minha tese de doutorado. Como o tema se referia ao ensino superior em Bauru, eu precisava de subs�dios sobre a cidade para embasar o trabalho. Foi, ent�o, que, entre outros locais, dirigi-me � Prefeitura de Bauru onde o arquiteto trabalhava.

De todas as reparti��es que visitei, sem d�vida nenhuma, a que me deu acolhida mais fidalga, mais humana, mais gentil, foi a capitaneada por Jurandyr Bueno Filho. Em poucos minutos de conversa, j� se podia sentir sua alargada vis�o do mundo, sua posi��o firme e inteligente diante de determinados conceitos. Jurandyr sugeriu, apontou caminhos, incentivou-me. Gosto de poder recordar certas imagens, palavras, fulgur�ncias, guardadas na mem�ria, que est�o sempre prontas a emergir, sem explica��es plaus�veis. Talvez tenha sido a forma cort�s como Jurandyr Bueno Filho me recebeu, naquele momento especial de minha vida; talvez tenha sido o carisma, a educa��o, a intelig�ncia, a afabilidade que tenham marcado a presen�a dele para sempre em minhas lembran�as mais amenas. O certo � que mesmo sem as evocar, essas imagens, essas palavras soltas, estar�o sempre � minha disposi��o, como retalhos coloridos de minha mocidade t�o plena de ideais...

Dizem que Turgui�niev quis escrever uma derradeira carta a Tolstoi: �Senhor, foi uma grande felicidade ter sido seu contempor�neo.� Nem todos s�o Turgui�niev. Mas � um pouco isso que queremos dizer nestas palavras e que dizemos, de fato, pelo simples fato de escrev�-las.


Maria da Gl�ria De Rosa




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