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01/02/09 02:00 - Geral

O emprego muito al�m da crise atual

Especialistas apresentam dicas do que os trabalhadores t�m de fazer para correr o menor risco poss�vel de demiss�o

Adilson Camargo
Voc� abre um jornal, uma revista, ouve r�dio, liga a TV ou a Internet e ele est� l�. O fantasma do desemprego voltou e fala-se dele em todos os meios de comunica��o. Depois de permanecer adormecido durante um tempo, ele acordou para atormentar o trabalhador.

Not�cias sobre demiss�es est�o por todo canto. H� quem diga que h� um certo exagero nisso tudo, que a situa��o vivida pelo Brasil n�o justifica tamanho alarde em torno da crise que afetou, principalmente, os Estados Unidos, mas o fato � que funcion�rios est�o sendo demitidos em massa, algo que n�o ocorria fazia alguns anos. No fim de novembro �ltimo, o Grupo Volvo do Brasil demitiu 102 colaboradores da f�brica de Pederneiras. Outros 80 foram mandados embora pela Pedertractor, fornecedora da Volvo, sediada na mesma cidade.

De acordo com o Minist�rio do Trabalho, Bauru perdeu 1.367 postos de trabalho em dezembro. Foi o pior resultado desde maio de 1999. No Estado de S�o Paulo, o emprego na ind�stria recuou 2,72% em dezembro se comparado com novembro do ano passado. De acordo com a Federa��o das Ind�strias do Estado de S�o Paulo (Fiesp), isso equivale ao fechamento de 130 mil postos de trabalho. No Pa�s como um todo, a taxa de desemprego foi a mais baixa desde 2002, segundo divulgou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE) no �ltimo dia 21.

No meio dessa confus�o de n�meros, fica o trabalhador. A reportagem do Jornal da Cidade passou a �ltima semana conversando com economistas, profissionais de recursos humanos e psic�logos do trabalho para saber como o trabalhador deve reagir numa situa��o como essa. Quem est� empregado, o que deve fazer para manter o emprego? E quem est� no grupo dos demitidos, como voltar ao mercado de trabalho? Empres�rios tamb�m foram ouvidos para dar sua opini�o sobre o perfil ideal que desejam em seus funcion�rios ou colaboradores. As dicas valem n�o somente para os momentos de crise, mas tamb�m quando a conjuntura econ�mica � de calmaria e prosperidade.

Para Eric Garmes de Oliveira, diretor institucional e jur�dico do Grupo Nelson Paschoalotto, empresa que possui cerca de 4,3 mil funcion�rios, o perfil exigido pelo mercado, de uma forma geral, e pelo grupo, de uma forma particular, � o do �profissional moderno�.

Traduzindo, isso significa um trabalhador que gosta de se relacionar com outras pessoas, que gosta e sabe servir, tem iniciativa, est� sempre se atualizando e aceita desafios. �Com isso, a empresa consegue atingir excelentes n�veis de qualidade e crescimento, projetando o profissional internamente e para o mercado�, afirma.

Segundo Kellen Amy Alves, respons�vel pelo recrutamento e sele��o de funcion�rios para a Ajax, f�brica de baterias, as caracter�sticas que a empresa busca no trabalhador � a criatividade, senso de responsabilidade, saber trabalhar em equipe, capacidade de apresentar solu��es e comprometimento com os desafios da empresa.

Na opini�o do professor e psic�logo do trabalho Luiz Carlos Can�o, da Universidade Estadual Paulista (Unesp), o processo permanente de reflex�o � a principal arma contra o desemprego. Isso significa que o trabalhador deve parar para refletir sobre at� que ponto ele ainda � importante para a empresa. Se a conclus�o for de que sua qualifica��o profissional n�o � mais compat�vel com as exig�ncias atuais do mercado de trabalho, � aconselh�vel fazer algo para mudar isso.

Para Regina Furigo, coordenadora do curso de psicologia da Universidade do Sagrado Cora��o (USC), algumas vezes, o trabalhador precisa de um empurr�o para sair da �zona de conforto�. A tend�ncia natural do ser humano � se acomodar diante de um cen�rio favor�vel. Quando chegam as crises, o relaxamento � encarado como omiss�o. � hora de partir para a a��o.




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