Bauru e grande região - Sexta-feira, 04 de outubro de 2024
máx. 31° / min. 12°
29/01/09 02:00 - Geral

Casos de infec��o urin�ria colocam pacientes em alerta

Juliana Franco
Casos de infec��o urin�ria, como o da modelo Mariana Bridi, 20 anos, que morreu no Esp�rito Santo, e da nutricionista Aline Borges, 23 anos, internada em Minas Gerais, depois que foram afetadas por infec��o urin�ria, deixam os bauruenses em alerta. Mais que antes da divulga��o destes casos, os pacientes est�o questionando seus m�dicos sobre a possibilidade de tamb�m virem a enfrentar complica��es.

Complica��es como as que mataram a modelo e a nutricionista s�o consideradas raras. Mas segundo especialistas, podem acontecer dependendo do tipo de tratamento, do perfil da bact�ria causadora do problema, da resposta do paciente ao tratamento, entre outros fatores.

De acordo com o m�dico infectologista Gustavo Hideki Kawanami, do Hospital Estadual de Bauru, qualquer infec��o pode ter um desfecho tr�gico. �Estes dois casos tiveram in�cio de forma simples, por meio de uma infec��o urin�ria. No caso da modelo, a defici�ncia de resposta do organismo dela, o atraso na procura pelo tratamento ou at� mesmo as caracter�sticas da bact�ria, foram fatores somat�rios que fizeram com que ela tivesse um quadro mais grave�, explica o m�dico.

�Conseq�entemente, a bact�ria caiu na corrente sang��nea, o que causou complica��es circulat�rias. Al�m disso, o problema da modelo foi causada pela bact�ria Pseudomanas aeroginosa, que n�o � causadora habitual da infec��o. Outro ponto � que n�o sabemos se houve o uso de medica��es pr�vias ou at� mesmo de medicamentos para emagrecer, que sabiamente acabam com o organismo de defesa e prejudicam a resposta do paciente�, acrescenta Gustavo.

A infec��o urin�ria � mais comum entre as mulheres. De acordo com a associa��o americana de urologia, metade das mulheres ter� a doen�a pelo menos uma vez na vida. As causas diferem de acordo com a idade. Nas crian�as, a maior preocupa��o � a falta de higiene; nas adolescentes � o uso de roupas apertadas, principalmente de lycra ou jeans. A demora em ir ao banheiro pode ser outro fato causador.

Segundo o infectologista, os sintomas mais comuns da infec��o urin�ria s�o: pouca quantidade de l�quido e dor ao urinar, tanto no in�cio como no fim do jato urin�rio, desconforto na regi�o abaixo do abdome, falta de controle da urina - vontade cont�nua de urinar. �O importante � que a popula��o n�o entre em p�nico achando que todo tipo de infec��o pode ter um desfecho como esse�, ressalta o infectologista. �Al�m disso, qualquer m�dico pode fazer esse diagn�stico e tem condi��es de tratar�, complementa.

A n�o-continuidade do tratamento com antibi�tico tamb�m pode ser prejudicial. O m�dico explica que uma pessoa que deveria tomar antibi�tico por 14 dias, mas o faz por apenas sete, corre o risco de n�o debelar a infec��o completamente. Conseq�entemente, o sintoma melhora de imediato, mas logo em seguida, volta. �Neste caso, a pessoa fez uma exposi��o inadequada ao antibi�tico e pode ter selecionado bact�rias resistentes que, em um futuro, podem causar infec��o�, afirma Gustavo.

Infec��o hospitalar

Infec��o hospitalar � classificada como qualquer tipo de infec��o adquirida ap�s a entrada do paciente em um hospital ou ap�s a sua alta quando essa infec��o estiver diretamente relacionada com a interna��o ou procedimento hospitalar, como, por exemplo, uma cirurgia. Gustavo explica que o paciente que est� dentro do hospital tem duas caracter�sticas: ele est� doente por algum motivo e tem diversos fatores que podem afetar a defesa de seu organismo.

�No hospital, por ser um local que usa muito antibi�tico, as bact�rias que temos t�m uma chance maior de serem resistentes. Adquirir uma bact�ria capaz de causar infec��o, dentro do hospital, pode representar uma dificuldade maior de tratamento�, revela o m�dico.

Para evitar essas complica��es, todo o hospital � obrigado por lei a ter um controle de infec��o hospitalar. �O controle atua em v�rias estrat�gias, como orienta��o de qual antibi�tico deve ser usado, controle de qualidade do atendimento para saber quanto tempo o paciente vai ficar internado�, conta Gustavo. �Tamb�m atua no tratamento final da infec��o e nos crit�rios de uma infec��o curada. O controle do material esterilizado, e da transmiss�o dessa bact�ria no hospital e o isolamento do paciente tamb�m s�o fundamentais�, finaliza.




publicidade
As Mais Compartilhadas no Face
(SF) © Copyright 2024 Jornal da Cidade - Todos os direitos reservados - Atendimento (14) 3104-3104 - Bauru/SP