Crise faz Rodrigo guardar super�vit

A inconsist�ncia sobre a abrang�ncia e os efeitos da crise econ�mica mundial sobre o Pa�s, assim como em Bauru, levou o prefeito Rodrigo Agostinho (PMDB) a definir ontem com o secret�rio Municipal de Finan�as, Marcos Roberto da Costa Garcia, o contingencionamento (reserva) de recursos em caixa para n�o sofrer dificuldades nos pagamentos das obriga��es mensais a partir do segundo semestre deste ano.

Ap�s reuni�o ontem de manh�, o prefeito verificou a necessidade de frustrar o investimento total de pouco mais de R$ 20 milh�es em infra-estrutura e esperar, com o dinheiro em caixa, o comportamento das receitas at� junho pr�ximo. �N�s j� est�vamos preocupados com isso e o contingencionamento ser� necess�rio como precau��o. Vamos definir o planejamento de a��es priorit�rias em cada uma das secretarias e implementar as a��es, mas do super�vit de pouco mais de R$ 20 milh�es verificado em 2008 vamos reservar uma parte para evitar problemas depois�, contou o prefeito.

A confirma��o da expectativa de guardar uma parte do super�vit veio depois que o secret�rio Marcos Garcia apresentou os dados decrescentes de repasse do ICMS no �ltimo trimestre do ano passado. �N�s n�o podemos deixar de ter cautela e sair gastando tudo se h� um cen�rio de retra��o em andamento. As despesas com folha de pagamento, parcelas da d�vida, fornecedores e previd�ncia v�o continuar sendo pagas em dia e a decis�o � de esperar pelo menos os tr�s ou quatro primeiros meses do ano para tomar outras decis�es�, acrescentou.

O prefeito vai definir at� o final desta semana quanto ser� contingenciado. �Mas uma parte desse valor que ficou no caixa n�s vamos usar para o programa de asfalto, cuja licita��o j� est� em processo para ser aberta�, reafirmou. A administra��o pretende pavimentar pelo menos 220 quadras neste in�cio de ano. Outro montante ser� destinado ao programa de recape.

O secret�rio Marcos Garcia est� mais preocupado com o comportamento da economia sobre as receitas de ISS e ICMS. �A preocupa��o maior � sobre o ICMS que vem do Estado e com o ISS que a prefeitura arrecada. O ICMS representa 1/3 da receita mensal e no ISS dificilmente teremos o bom desempenho do in�cio de 2008. Pelo menos por quatro meses deste ano acho que � prudente reservar boa parte do super�vit em caixa�, completou Garcia.

Ele salientou que, nas �ltimas semanas, alguns estados, al�m de munic�pios de m�dio e grande porte, revisaram seus or�amentos em raz�o da iminente retra��o da economia sobre 2009. �Tem Estado e munic�pio que mudou at� a lei or�ament�ria. Para Bauru n�o vejo necessidade porque em 2008 a receita global foi de R$ 240 milh�es e a lei or�ament�ria para 2009 projetou R$ 249 milh�es, valor j� bem conservador�, concluiu.