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25/01/09 02:00 - Regional

Demiss�es no setor cal�adista de Ja� aumentaram em 17%

Rita de C�ssia Corn�lio
Quando uma mulher passa por uma vitrine de cal�ados e se encanta com um sapato, a venda � certa. A compra que nem sempre � sin�nimo de necessidade movimenta uma cadeia de produ��o e garante o emprego de milh�es de trabalhadores. Por isso, a ind�stria cal�adista de Ja� (47 quil�metros) aposta no designer, na criatividade, na tecnologia e na intelig�ncia para superar os obst�culos impostos pela concorr�ncia chinesa e para vencer as surpresas clim�ticas.

A concorr�ncia da produ��o chinesa afeta o mercado externo enquanto que as surpresas clim�ticas, o interno. Para superar esses impedimentos que resultaram em um aumento de 17% nas demiss�es de 2007 para 2008, o Sindicato da Ind�stria do Cal�ado de Ja� investe em parcerias que possa fornecer informa��es essenciais para que o fabricante n�o aposte em sand�lias quando o clima pedir botas.

Acertar a �b�ssola� das necessidades do mercado com a fabrica��o � quase um �quebra- cabe�a�, explica o vice presidente da entidade Caetano Bianco Neto. A tend�ncia, na opini�o dele, � que as vitrines de cal�ados brasileiras passem a ser como muitas do exterior.

�Temos que ter muita informa��o. Inclusive um projetos em parceria com Sebrae promete monitorar as mudan�as clim�ticas e falar antecipadamente, como ser� cada esta��o, direcionando os fabricantes. Nas vitrines de Mil�o, Madrid e Nova York � poss�vel ver na mesma vitrine, uma bota ao lado de uma sand�lia rasteira. A m�dio prazo as vitrines brasileiras v�o ficar assim.�

Para ele o que influenciou o mercado negativamente � a crise, mas n�o somente ela. �A crise pegou todo mundo. A popula��o est� endividada. O clima tamb�m n�o cooperou, atrapalhou. N�o tivemos um ver�o definido como a esta��o bem quente a partir de outubro se prolongando at� dezembro.�

Para vender as sand�lias abertas � necess�rio que a mulher entre no clima, tome um sol, fique bronzeada e isso n�o aconteceu, segundo Bianco Neto. �Temos um empreendimento novo em S�o Paulo, com 30 lojas de f�brica. Em outubro e novembro vendemos botas. Os empres�rio se prepararam com sand�lias e n�o vendeu sand�lias. Hoje na Capital o que mais vende � o sapato baixo fechado, bico aberto com traseiro fechado.�

Enquanto o acesso as informa��es ainda n�o s�o satisfat�rios, os fabricantes investem no designer, na criatividade para conquistar e encantar as mulheres, p�blico alvo das ind�strias de Ja�. �As classes A, B e at� C n�o compra sapatos porque precisa e sim porque se encanta. Temos que trabalhar com esse encantamento. Fabricar um sapato que fa�a a mulher entrar na loja e comprar.�




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