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07/01/09 02:00 - Nacional

Excesso de confian�a provocou acidente no Metr�, diz promotor

Folhapress/AE
S�o Paulo - O excesso de confian�a dos funcion�rios da Companhia do Metropolitano de S�o Paulo e do Cons�rcio Via Amarela foram determinantes para o desabamento nas obras da Esta��o Pinheiros em janeiro de 2007. A afirma��o � do promotor Arnaldo Hossepian, que concedeu entrevista coletiva ontem (06) na sede do Minist�rio P�blico do Estado de S�o Paulo (MPE). �O que levou � cat�strofe foi o excesso absoluto de confian�a, que fez com que certas cautelas n�o fossem adotadas�, disse.

A den�ncia feita por ele contra 13 pessoas que trabalhavam na constru��o da Linha 4 do Metr�, na zona oeste da Capital paulista, foi aceita no in�cio da tarde de ontem pela ju�za da 1.� Vara Criminal do F�rum de Pinheiros, Margot Chrysostomo Correa Pegossi. Os r�us - oito funcion�rios do cons�rcio e cinco do Metr� - responder�o � Justi�a por homic�dio culposo (sem inten��o) causado por desabamento. Sete pessoas morreram no acidente.

Na den�ncia de 36 p�ginas, o promotor aponta que houve neglig�ncia e imprud�ncia por parte dos acusados. Com isso, os eles passam a ser r�us no processo.

O promotor decidiu responsabilizar criminalmente um ex-diretor do Cons�rcio Via Amarela, um ex-gerente do Metr� de S�o Paulo e outros 11 t�cnicos pela cratera. O Metr� e a dire��o do Cons�rcio Via Amarela n�o se pronunciaram sobre a acusa��o. Procurados ontem, ambos afirmaram que ainda n�o tiveram acesso � den�ncia apresentada pelo Minist�rio P�blico.

Para a acusa��o, Hossepian Jr. utilizou laudos levantados por diversas investiga��es, com destaque para as conclus�es do Instituto de Criminal�stica (IC). O promotor recebeu o laudo em agosto de 2008, e o documento aponta que a trag�dia n�o foi resultado de uma fatalidade, conforme parecer do Cons�rcio Via Amarela, respons�vel pela constru��o da nova linha de metr�. Segundo o laudo, n�o h� um motivo �nico do desabamento, mas sim cinco fatores que prevaleceram como causas, al�m de uma s�rie de outros fatores que contribu�ram para o acidente.

O desabamento nas obras aconteceu no dia 12 de janeiro de 2007, matando sete pessoas: tr�s que iam a p� para a esta��o de trem, duas que estavam em uma lota��o engolida pelo buraco, um office-boy que circulava pela regi�o e um motorista de caminh�o que estava na superf�cie do canteiro.

O principal nome denunciado - o engenheiro F�bio Andreani Gandolfo - era, naquela �poca, diretor do Via Amarela respons�vel pelo contrato.

Os integrantes do cons�rcio e do Metr� foram acusados pelo Minist�rio P�blico Estadual de neglig�ncia e de imprud�ncia, com a argumenta��o de n�o terem tomado provid�ncias que poderiam evitar a cratera.

Eles foram enquadrados pelo promotor Hossepian em artigos do C�digo Penal que tratam de desabamento seguido de morte - homic�dio considerado culposo (sem inten��o).

A maioria dos acusados � de t�cnicos, como engenheiros, projetistas e fiscais. Nenhum membro da dire��o do Metr� foi alvo da den�ncia.




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