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03/01/09 02:00 - Internacional

Ofensiva contra Gaza chega a impasse

Bombardeios j� mataram mais de 420 pessoas e feriram cerca de 2 mil, mas a situa��o no territ�rio segue indefinida

Folhapress
Jerusal�m - A maior ofensiva a�rea j� realizada por Israel contra alvos palestinos entra hoje na segunda semana sem defini��o. Mesmo ap�s destruir grande parte da infraestrutura de governo na Faixa de Gaza, em bombardeios que j� mataram mais de 420 pessoas e feriram cerca de 2 mil, Israel continua sendo atingido por foguetes e os fundamentalistas n�o perderam o controle do territ�rio.

Segundo o Ex�rcito israelense, em sete dias de bombardeios foram atingidos perto de 800 alvos do Hamas, enquanto pelo menos 350 foguetes foram lan�ados de Gaza, matando quatro pessoas em Israel.

A opini�o entre analistas em Israel � de que, � medida que a ofensiva avan�a sem alcan�ar o seu principal objetivo, que � neutralizar o poder de fogo dos fundamentalistas, aumenta a possibilidade de uma a��o por terra. Milhares de soldados est�o posicionados na fronteira com Gaza h� dias, preparados para uma invas�o.

Outro fator a apressar uma incurs�o para completar a ofensiva iniciada pela avia��o seria o estreitamento do espa�o diplom�tico. At� agora, Israel conseguiu resistir aos apelos internacionais para suspender os ataques, incluindo a proposta da Fran�a de uma �tr�gua humanit�ria� de 48 horas.

Mas a partir de segunda-feira, quando o Conselho de Seguran�a da ONU se re�ne para discutir a crise em Gaza, a estimativa � de que o rel�gio diplom�tico passe a correr mais r�pido, e a press�o aumente. Ap�s dar luz verde para uma resposta t�o avassaladora, os l�deres israelenses far�o de tudo para vender � opini�o p�blica, de modo digno de cr�dito, a ideia de que atingiram seus objetivos militares e pol�ticos.

De acordo com um oficial da intelig�ncia israelense ouvido pela reportagem, persiste uma divis�o nos primeiros escal�es do governo e do Ex�rcito em torno de uma a��o terrestre, devido ao alto risco de baixas entre soldados que ela implica.

Al�m disso, afirmou o oficial, a densidade populacional de Gaza, uma das maiores do mundo, significa que os civis palestinos estariam na linha de fogo. Por outro lado, os que defendem a ideia lembram que s� a infantaria ser� capaz de eliminar a capacidade de lan�amento de foguetes do Hamas.

Um dos principais l�deres do grupo advertiu que uma invas�o ter� um alto custo para Israel. �Se voc�s cometerem a tolice de invadir Gaza, n�s poderemos ter um segundo, terceiro ou quarto Shalit�, disse Khaled Meshal em um canal da TV da S�ria, onde vive exilado. A amea�a se refere ao soldado israelense Gilad Shalit, sequestrado h� mais de dois anos pelos extremistas.

Em um gesto interpretado como mais um sinal de que a opera��o terrestre est� pr�xima, Israel autorizou ontem a sa�da de cerca de 300 estrangeiros de Gaza. A decis�o indicaria a inten��o de evitar riscos a cidad�os de outros pa�ses em uma eventual invas�o.

Entre os que sa�ram, a maioria era de mulheres e filhos de palestinos com passaportes estrangeiros. A representa��o do Brasil junto � Autoridade Nacional Palestina (ANP) informou que n�o recebeu nenhum pedido semelhante dos poucos cidad�os brasileiros em Gaza.

No s�timo dia da ofensiva, Israel informou ter atingido mais 30 alvos do Hamas, em ataques que deixaram seis mortos. Segundo fontes palestinas, cinco deles eram civis. Um dos m�sseis lan�ados atingiu tr�s crian�as entre 8 e 12 anos que jogavam futebol numa rua de Khan Younis, no sul da faixa de Gaza. A ONU estima que 25% dos mortos at� agora sejam civis.

Em Israel, mais de 30 foguetes atingiram cidades num raio de 40 quil�metros ao redor de Gaza. Seis pessoas ficaram, feridas. Interromper os disparos, que aterrorizam h� anos as cidades israelenses da fronteira, s�o o principal objetivo de Israel.

Na Cisjord�nia, controlada pelo grupo palestino secular Fatah, rival pol�tico do Hamas, milhares de pessoas foram �s ruas para protestar contra os bombardeios. Atendendo ao apelo do Hamas por um �dia de f�ria�, eles protestaram n�o s� contra Israel, mas tamb�m contra o l�der do Fatah, Mahmoud Abbas, presidente da ANP. Os maiores protestos foram em Ramallah, onde os manifestantes jogaram pedras contra a pol�cia palestina e foram recha�ados com bombas de g�s lacrimog�neo.




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