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29/12/06 00:00 - Geral

Idosos valorizam atividades comuns

Luiz Galano
A vida passa r�pido. Voltadas ao trabalho e � busca da satisfa��o pessoal, a maioria das pessoas n�o reflete sobre o cotidiano e deixa de aproveitar atividades aparentemente despretensiosas, mas que um dia podem ficar reservadas apenas � mem�ria. Com 60 anos de idade, Marc�lio Rodrigues da Silva aproveita intensamente cada minuto do dia trabalhando, brincando e, principalmente, andando de bicicleta. E � isso que pretende fazer em 2007.

No caminho uma pequena descida, na qual a bicicleta percorre sem esfor�o. No rosto, a sensa��o do vento batendo na pele, colando a roupa ao corpo e desarrumando o cabelo. �Enquanto isso, a mente voa por diversos lugares, desde a inf�ncia at� hoje�, revela o �ciclista� Silva, que mora h� um ano no Abrigo para Idosos da Vila Vicentina e praticamente todo o final de tarde reserva alguns minutos para praticar a atividade que mais gosta.

O caseiro aposentado revela que os valores mudam quando o tempo passa e a idade vai aumentando. �Quando somos mais novos, levamos as coisas mais na brincadeira. N�o olhamos muito � nossa volta e refletimos a respeito da import�ncia de cada coisa�, diz.

Al�m de andar de bicicleta, Silva trabalha na pr�pria Vila Vicentina, confeccionando fraldas, atividade que tamb�m n�o pretende parar de realizar enquanto tiver sa�de. Assim como as constantes rodas de brincadeira com os seus nove netos. �N�s nos sentamos e passamos o tempo brincando de carrinho�, conta, com olhos brilhantes.

A filha de Silva mora em Bauru, mas ele prefere permanecer na Vila Vicentina para ter mais sossego e n�o atrapalhar os parentes. O Natal do vov� ciclista foi na pr�pria na Vila Vicentina. Ele confessa que se divertiu ganhou presentes e fez pedidos.

�Quando a gente chega a uma certa idade, a coisa que mais desejamos � ter sa�de, para poder se movimentar e fazer tudo o que quiser�, afirma. �Outra coisa � mentalizar o bem para todas as pessoas�, completa.

Treze anos mais velho que Silva, o caminhoneiro aposentado Laurindo Santa Rosa relembra das constantes viagens e pescarias que costumava realizar quando era mais jovem. �O que eu gosto mesmo � de pegar a estrada�, conta ele, que tamb�m mora na Vila Vicentina h� uma no e tem dificuldade de locomo��o.

�Hoje dou muito mais valor �s coisas simples da vida, que antigamente n�o ligava. Agora o que mais pratico � o descanso e a observa��o�, revela Santa Rosa, que ir� passar o Ano Novo na companhia do filho que mora em Bauru.




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