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29/12/06 00:00 - Ag�ncias - Brasil

Mulher morre pedindo ajuda para o filho ferido

Folhapress
Rio - V�tima dos ataques na madrugada de ontem, Sueli Maria Lima de Souza, 33 anos, vendia sacol� (suco de fruta congelado em saquinhos) na cal�ada do pr�dio em que morava, em Botafogo, na zona sul da cidade. Morreu pedindo ajuda para o filho Gabriel de seis anos, que estava ao lado dela e foi atingido apenas de rasp�o na cabe�a.

Pela manh�, ao lado da po�a de sangue de Sueli, ainda estava o par de t�nis da crian�a, e, numa �rvore ao lado, havia cartazes com mensagens e fotos dos dois colocados por vizinhos. Como fazia todas as noites, nos �ltimos quatro anos, Sueli montou sua banca de sacol� ao lado da cabine da Pol�cia Militar (PM), anteontem �s 18h, assim que o guarda municipal, que reprime os camel�s, foi para casa. Sueli morava havia dez anos no edif�cio Solymar, antigo Raj�, de 700 quitinetes. Marcado no passado pela viol�ncia, seus moradores mudaram o nome do edif�cio.

Pelos depoimentos ouvidos pela reportagem, ela se destacava em meio � vizinhan�a t�o numerosa. Foi descrita como uma pessoa generosa, �uma ONG ambulante�, segundo vizinhos. No momento do crime, ela estava ainda com um sobrinho e duas amigas, Ivonete e Naiara. A primeira foi atingida de rasp�o no l�bio. Naiara conseguiu correr para dentro da garagem de um edif�cio, levando o sobrinho da v�tima pela m�o.

�Ela estava bordando uma sand�lia com as mi�angas que t�nhamos comprado durante o dia. Era um presente de Natal atrasado para mim. Passamos a tarde toda juntas para comprar as mi�angas e at� nos perdemos no caminho�, disse Naiara Rodrigues da Silva, 18 anos. Ela � uma das poucas testemunhas do crime e n�o poder� contribuir para identificar os assassinos. �N�o d� para saber de onde vieram os tiros, mas era uma chuva de balas.�

O alvo do ataque era a cabine da PM. O policial que estava no local ficou levemente ferido. Quando os tiros cessaram, ela viu Gabriel abra�ado ao corpo da m�e, pedindo que n�o a deixassem morrer. At� a tarde de ontem, o menino n�o sabia da morte. Apesar de ter tido alta, Gabriel foi mantido no hospital por recomenda��o de psic�logos.

Nascida em Bel�m (PA), Sueli mudou-se para o Rio em 1995 para trabalhar como dom�stica. Casou-se com o cearense Francisco Braga, 45 anos, caixa de um restaurante em Copacabana. Parou de trabalhar em casas de fam�lia depois de ter Gabriel e passava o dia com ele. Mas contribu�a para o or�amento dom�stico com as vendas ao lado da cabine da PM.




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