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26/12/06 00:00 - Ag�ncias - Brasil

Sonda com participa��o do Brasil busca planetas que abriguem vida

Folhapress
S�o Paulo - Se as condi��es meteorol�gicas permitirem, decola depois de hoje �s 12h23 (hor�rio de Bras�lia) o primeiro telesc�pio espacial criado com participa��o brasileira. A sonda Corot (abrevia��o de Convec��o, Rota��o e Tr�nsito) ter� como miss�o encontrar planetas pequenos e rochosos - parecidos com a Terra e capazes de abrigar vida- fora do Sistema Solar. A sonda ser� colocada em �rbita por um foguete russo lan�ado da base de Baikonur, no Cazaquist�o.

Projetada pela Fran�a, que bancou 70% da empreitada, a Corot contou com participa��o de brasileiros no desenvolvimento de seu software de opera��o e em projetos cient�ficos. Uma das esta��es terrestres que receber� os dados da sonda ficar� em Alc�ntara, no Maranh�o. Apesar de ter contribu�do com menos de 2% do dinheiro usado no projeto, o Brasil foi de import�ncia fundamental.

�A base de Alc�ntara vai permitir um aumento de quase 50% no n�mero de estrelas observadas�, diz Eduardo Janot Pacheco, professor do Instituto de Astronomia e Geof�sica da USP (IAG) e chefe da divis�o brasileira da Corot. Se a sonda n�o tivesse uma base no hemisf�rio sul, seu campo de vis�o cairia de 100 mil para 70 mil estrelas. A maior parte dos cerca de 200 planetas extra-solares conhecidos at� agora foram detectados por meio da influ�ncia de sua gravidade no movimento das estrelas no centro de suas �rbitas. �Mas a perturba��o gravitacional s� permite detectar planetas grandes e pr�ximos das estrelas�, explica Sylvio Ferraz Mello, do IAG.

O diferencial da Corot � sua capacidade de detectar com precis�o as varia��es de luz que ocorrem quando um planeta passa na frente de uma estrela, eclipsando-a. Ser� a primeira chance real de achar um lugar semelhantes � Terra. Terremoto nas estrelas A outra meta da Corot ser� investigar os �estelemotos� (terremotos estelares), fen�menos que podem revelar como � a estrutura interna das estrelas em seus diversos est�gios de evolu��o. Com esses dados ser� poss�vel pela primeira vez colocar sob teste as atuais teorias sobre o futuro do Sol. Aprimorar esse conhecimento � fundamental.

�No s�culo 17 houve uma pequena era glacial na Terra porque o Sol ficou mais fraco por uns 50 anos, mas ningu�m sabe bem por qu�, exemplifica Janot. De acordo com ele, uma compreens�o melhor da estrutura das estrelas pode ajudar a prever fen�menos como esse. Grande parte do poder de observa��o da Corot se deve a sua �rbita e � sua capacidade de apontar para uma mesma regi�o do c�u por at� seis meses. �Vamos poder observar v�rios tipos de fen�menos f�sicos que nunca conseguimos acompanhar de maneira cont�nua porque nunca foi poss�vel ver algo no espa�o sem interrup��o por mais de 12 horas�, diz Roberto Dias da Costa, da USP, que estuda varia��es peri�dicas na luminosidade de estrelas.

O Brasil tamb�m tem cientistas de outras oito universidades e tr�s institutos de pesquisa envolvidos no projeto. Espanha, �ustria, B�lgica e Alemanha tamb�m participam do projeto. O lan�amento da Corot ser� transmitido pela TV da ag�ncia espacial francesa (www.cnes-tv.com/corot).




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