Piraju� - O P�lo Industrial de Piraju� (58 quil�metros de Bauru) foi ocupado pelos cooperados que decidiram, em assembl�ia, afastar a ger�ncia e a diretoria da cooperativa. Eles alegam que est� havendo m� ger�ncia, abandono das atividades e que os pagamentos de sal�rios est�o atrasados. Com a ocupa��o, eles pretendem retomar a produ��o o mais breve poss�vel.
O P�lo Industrial vem sendo alvo de disputa judicial em que o antigo dono das empresas que formam o P�lo, Jos� Papile, acusa a Cooperdata, de S�o Paulo, atual propriet�ria, de m� administra��o e o n�o pagamento da compra feita em 2004. Paralelamente, o P�lo vem passando por uma crise, onde estariam ocorrendo irregularidades na rela��o com os trabalhadores cooperados.
Com as atividades da f�brica quase parando, segundo informou um dos interventores, os sal�rios dos cooperados estariam atrasados. Dessa forma, os cooperados realizaram uma assembl�ia, no �ltimo dia 10, onde foram nomeados tr�s interventores para represent�-los. S�o eles: Ant�nio Gilberto Campo, Maria Regina Silva Gomes e Eric Erzio Marcelle.
Ficou decidido nesta reuni�o, onde 73 cooperados votaram, que tanto a ger�ncia da f�brica quanto a presidente da Cooperdata em S�o Paulo, Maria Dulcelina Vaz da Costa, seriam afastados da administra��o do P�lo. Al�m disso, os cooperados passaram a ocupar a f�brica.
�N�s ocupamos a f�brica na madrugada de ter�a para quarta-feira. O que ocorre � que o gerente n�o tem o menor poder, ele n�o � cooperado. Ele n�o tem nada a ver com a empresa. N�s tentamos entrar em contato com a presidente, mas ela n�o nos atende�, explica Campo, um dos interventores.
Segundo ele, o objetivo dos cooperados � conseguir novos parceiros e retomar as atividades da f�brica para garantir o ganho dos funcion�rios. �N�s estamos limpando a f�brica, reorganizando, fazendo uma an�lise dos danos porque tem muita m�quina danificada, quebrada. N�s n�o conseguimos entender como � que eles deixaram a f�brica nesta situa��o�, critica Campo.
O cooperado explica que tudo foi feito dentro da lei que rege os sistemas de cooperativas no Pa�s. �Tudo foi acompanhado por um advogado e registrado no F�rum, no Cart�rio. A convoca��o da assembl�ia foi feita em jornal, inclusive num jornal de S�o Paulo. Tamb�m foi divulgado na r�dio local�, diz.
Segundo Campo, al�m da limpeza que j� est� sendo feita no local, a pr�xima etapa ser� conseguir parceiros. �Estamos procurando parceria das f�bricas. Eu acredito que amanh� (hoje) ou depois, no m�ximo, j� come�aremos a produzir alguma coisa. N�s estamos fazendo uma terceiriza��o, uma parceria para usar a nossa m�o-de-obra�, revela.
Para tentar recuperar a empresa, Campo explica que convidou o ex-propriet�rio do P�lo, Papille, para atuar no setor comercial. �Ele tem um bom conhecimento nesta parte e pode nos arrumar trabalho. Estamos contando com isso�, diz.
O interventor lembra que muitos cooperados aguardam a retomada da produ��o para poder trabalhar.
� N�s n�o podemos fazer parte de uma cooperativa na qual meia d�zia de pessoas tomam as decis�es que elas querem e n�s, que somos pequenos cooperados, as formiguinhas que carregam a f�brica nas costas, ficamos numa situa��o dessas: v�rios dias sem receber�, conclui. |