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15/12/06 00:00 - Ag�ncias - Brasil

Em 2030, m�es ser�o cada vez mais jovens

Proje��es divulgadas pelo IBGE tamb�m apontam que daqui a 25 anos Brasil ainda estar� sob o peso da desigualdade

Da Reda��o/Com Folhapress e Ag�ncia Estado
Bras�lia - A concentra��o das maiores taxas de fecundidade entre as mulheres mais jovens (at� 24 anos) ainda ser� uma realidade em 2030, projeta o Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE). O n�mero de filhos tamb�m continuar� sendo maior quanto menor for a escolaridade e a renda. Em 2030, a taxa de fecundidade dever� ser de 1,59 filho por mulher - em 2005, era de 2,02. O �ndice cair� em todas as faixas et�rias, mas o peso de m�es mais jovens � crescente: em 2000, a raz�o entre as taxas do grupo que vai de 15 a 19 anos e de 30 a 34 era de 1,16. Em 24 anos, poder� ser de 2,40. Se os progn�sticos se confirmarem, 95% dos beb�s ter�o m�es de at� 34 anos em 2030.

A migra��o ser� reduzida em um ter�o no Brasil at� 2050 - resultado da descentraliza��o de investimentos. A diminui��o da taxas de fecundidade dever� fazer com que os nascimentos sejam insuficientes para a reposi��o das gera��es nas regi�es Sul e Nordeste. A migra��o impacta o n�mero de nascimentos porque as mulheres t�m filhos nos Estados onde passam a morar.

O Brasil vai chegar a 2030 ainda sob o peso da desigualdade. Segundo proje��es do IBGE divulgadas ontem, os pr�ximos 25 anos ser�o insuficientes para a diminui��o a patamares m�nimos das disparidades regionais encontradas ontem nas taxas de mortalidade infantil e de expectativa de vida.

Produzida em parceria com o Fundo de Popula��o das Na��es Unidas, a publica��o �Indicadores Sociodemogr�ficos - Perspectivas para o Brasil, 1991-2030� faz uma s�ntese da din�mica demogr�fica nacional. O documento apresenta estimativas de fecundidade, que, por sua vez, tamb�m demonstram a perman�ncia das disparidades regionais. �A manuten��o das taxas de fecundidade entre mulheres mais jovens contribui para que as desigualdades n�o sejam superadas�, diz o presidente do IBGE, Eduardo Pereira Nunes.

Embora apontem para uma melhoria da taxa de mortalidade infantil (abaixo de 1 ano), os dados mostram que a evolu��o manter� a dist�ncia entre os Estados. O que revela que o Brasil vai ficar praticamente parado no tempo em termos de desigualdade.

J� na compara��o internacional, � poss�vel que a situa��o seja ainda pior, e o Brasil seja ultrapassado por mais pa�ses. Atualmente, Chile, Cuba e Porto Rico t�m taxas em torno de dez �bitos ou menos em mil crian�as nascidas vivas, desempenho que ser� atingido pelo Brasil s� em 2030. E, mesmo assim, apenas no Sudeste, Sul e nos Estados de Goi�s e Mato Grosso do Sul. O Pa�s est� hoje na 98.� posi��o no ranking das Na��es Unidas, liderado pelo Jap�o e pela Isl�ndia, com 3,2 �bitos por 1.000 crian�as vivas.

Segundo o IBGE, em 2000, de cada 1.000 crian�as nascidas vivas, 30,4 morriam antes do primeiro ano, sendo que o Rio Grande do Sul liderava o ranking nacional de menos mortes (16,7 �bitos por 1.000) e Alagoas ocupava a �ltima posi��o (63,8 �bitos por 1.000) - um indicador quase quatro vezes pior. Trinta anos depois, o Brasil deve reduzir as mortes para 11,5 a cada 1.000 crian�as.

Entretanto, al�m de os Estados com melhor e pior desempenho serem os mesmos, eles permanecer�o muito distantes: Rio Grande do Sul, com 7,3 �bitos por 1.000, �ndice quase tr�s vezes melhor do que as 19,4 mortes por 1.000 estimadas para Alagoas. No Rio Grande do Sul, pr�ticas de preven��o explicam os bons �ndices.

Se existe um momento ideal para impulsionar o crescimento econ�mico do Pa�s e realizar a reforma da Previd�ncia, ele j� se configurou. Dados do IBGE apontam que o Brasil disp�e de um b�nus demogr�fico, ou seja, tem elevado contingente de pessoas em idade ativa, que trabalham para garantir o sustento de crian�as e idosos. Uma vez passada essa oportunidade, o que deve ocorrer entre 15 e 20 anos, a conta tende a se desequilibrar, pois o envelhecimento da popula��o, associado � redu��o da taxa de fecundidade, aumentar� o total de inativos.

Mortes entre jovens

O Sudeste apresenta atualmente um n�vel elevado de mortes de jovens por causas externas, acidentes de tr�nsito e homic�dios, entre outros. Em S�o Paulo, para cada morte de mulher na faixa de 15 a 19 anos em 2030 s�o esperadas mortes de 6,10 homens na mesma faixa et�ria. �A redu��o das mortes por causas externas, afetando majoritariamente jovens do sexo masculino, deve ser tratada como um desafio priorit�rio para o pa�s, pois j� extrapolou os limites da �rea da seguran�a, apresentando-se como um grave problema social e de sa�de p�blica�, afirma a pesquisa.

O gerente de Estudos e An�lises da Din�mica Demogr�fica, Juarez de Castro Oliveira, destaca que o crescimento de casos ligados a viol�ncia resultar� em maiores gastos do poder p�blico. O n�mero de jovens do sexo masculino mortos por causas externas afeta tamb�m a expectativa de vida da popula��o.




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